O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, declarou num comunicado que o primeiro 'drone' (aeronave não-tripulada), de tipo Sammad-4, teve como alvo "o edifício do Estado-Maior do inimigo israelita na zona ocupada de Jaffa", referindo-se a Telavive.
"Os outros três 'drones' atacaram a central elétrica de Al-Jadira e o aeroporto de Lon (Ben Gurion), na zona de Jaffa, bem como o porto de Ashdod, na Palestina ocupada, e conseguiram atingir os seus alvos, graças a Deus", afirmou o porta-voz.
Horas antes, o Exército israelita declarou, na sua conta da rede social X, que a Força Aérea tinha intercetado um 'drone' lançado do Iémen antes de este entrar no espaço aéreo do Estado judaico, indicando que o ataque não acionou alarmes de emergência, em conformidade com o protocolo em tais casos.
Por outro lado, Sarea indicou que os Huthis atacaram com "dois 'drones' e um míssil de asa" o cargueiro MSC ABY, com pavilhão da Libéria e que se encontrava em rota de Port Said, no Egito, para Jeddah, na Arábia Saudita.
Segundo o porta-voz, "o barco foi diretamente atingido" e foi atacado por "violar a proibição de entrada nos portos da Palestina ocupada e pela sua ligação ao inimigo israelita no norte do mar Vermelho", afirmou, sem fornecer mais pormenores.
Os Huthis juraram vingança contra Israel após o assassínio do seu primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi, e de pelo menos 11 elementos do seu Governo, num bombardeamento israelita de uma reunião do conselho de ministros realizada na passada quinta-feira em Sana.
O movimento xiita iemenita, apoiado pelo Irão, efetuou centenas de ataques com 'drones' e mísseis a Israel e a embarcações ligadas a Israel nos mares Vermelho e Arábico, em solidariedade com os palestinianos e contra a guerra israelita na Faixa de Gaza.
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