"A Sérvia tem estado numa situação muito difícil e sob grande pressão desde o início da crise na Ucrânia. Apesar disso, conseguimos manter a nossa posição de princípio e, no futuro, continuaremos a preservar a nossa neutralidade", disse o Presidente, citado pela agência de notícias sérvia Tanjug.
A Sérvia, candidata à adesão à União Europeia (UE) desde 2012, tem relações historicamente amistosas com a Rússia, apesar da invasão russa da Ucrânia e da exigência de Bruxelas para que Belgrado alinhe a sua política externa com o bloco dos 27.
Vucic agradeceu a Putin pela hospitalidade em Moscovo em 09 de maio, quando assistiu à celebração do Dia da Vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, o que provocou reações muito duras da UE.
O Presidente sérvio sublinhou ainda, numa mensagem na rede social Instagram, que a cooperação ao mais alto nível com a Rússia em todas as áreas, especialmente no setor da energia e infraestruturas, é vital para a Sérvia, um país onde todas as empresas russas "são bem-vindas".
Por outro lado, Putin garantiu, avançou a Tanjug, que a Rússia respeita o que descreveu como "orientação independente" da Sérvia.
Vucic será um dos poucos líderes europeus a participar na quarta-feira no desfile militar em Pequim que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico há 80 anos.
Além do governante sérvio, estará também o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, o único líder de um país membro da UE, bem como líderes da Bielorrússia, Azerbaijão e Arménia, entre outros.
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