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Chanceler alemão demarca-se de von der Leyen sobre garantias de segurança

O chanceler alemão, Friedrich Merz, defendeu hoje que eventuais garantias de segurança à Ucrânia deverão ser enquadrados pela chamada Coligação dos Dispostos e não pela União Europeia (UE), como sugeriu a chefe do executivo de Bruxelas.

Chanceler alemão demarca-se de von der Leyen sobre garantias de segurança

© Aaron Schwartz/CNP/Bloomberg via Getty Images

Lusa
02/09/2025 17:47 ‧ há 6 horas por Lusa

Em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Confederação Suíça, Karin Keller-Sutter, em Berlim, o líder alemão afirmou que espera defender este ponto de vista sobre as garantias de segurança, exigidas por Kiev para celebrar um acordo de paz com a Rússia, na reunião da Coligação dos Dispostos, convocada para quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

 

"A garantia de segurança mais importante que podemos oferecer agora é o apoio suficiente aos esforços da Ucrânia para defender o país. E sabemos que devemos continuar, mesmo para além de possíveis negociações de cessar-fogo e de paz, porque a Ucrânia precisa de estar preparada para defender o país a longo prazo, e queremos ajudá-la", afirmou Friedrich Merz.

"Quando digo 'nós', refiro-me sobretudo à Coligação dos Dispostos", precisou, argumentando que "a UE desempenha certamente um papel", mas, no que toca a apoio militar, este "é do domínio exclusivo dos Estados-membros e dos restantes países envolvidos".

Merz citou o exemplo do Reino Unido, que já não é membro da União Europeia, mas está no círculo dos países que lideram a Coligação dos Dispostos.

"É por isso que é uma tarefa que cabe mais a esta constelação do que à UE", insistiu, fazendo eco do ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que já tinha criticado as declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na segunda-feira sobre um possível envio conjunto de tropas de manutenção da paz.

O chanceler alemão apoiou ainda a oferta reiterada de Keller-Sutter para acolher futuras conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia em Genebra.

A Presidente suíça observou que o seu país poderia ser ideal e que o seu Governo está em comunicação com todas as partes envolvidas, incluindo as autoridades de Moscovo, que foram contactadas pelo seu conselheiro de segurança.

No entanto, Keller-Sutter ressalvou que "não adianta oferecer o melhor local para a reunião se não houver vontade de dialogar" e que, em última análise, um encontro dependerá de "todas as partes quererem sentar-se à mesa".

As garantias de segurança à Ucrânia deverão ser o tema central da reunião da Coligação dos Dispostos, que terá lugar por videoconferência na quinta-feira, juntando os líderes dos principais países europeus aliados de Kiev, incluindo a Alemanha, França e Reino Unido, o Presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, a chefe do executivo europeu e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Ao fim de mais de três anos da invasão russa da Ucrânia, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar das iniciativas do Presidente norte-americano, Donald Trump, para aproximar as partes.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kiev considera inaceitáveis, reivindicando pelo seu lado um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança que previnam um nova agressão de Moscovo.

Leia Também: Zelensky reúne-se com líderes europeus. E Trump? "Não está planeado"

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