"Cabo Verde obteve o certificado de eliminação da pólio em 2016 e, mais recentemente, do paludismo. Agora propusemos ser candidatos ao certificado do sarampo, já que há muitos anos não registamos casos da doença, assim como da rubéola e da transmissão vertical do VIH", afirmou Jorge Figueiredo, em conferência de imprensa na cidade da Praia.
O governante sublinhou que estas são "três importantes vitórias" que se somam ao percurso do país em 50 anos de independência.
O anúncio foi feito à margem do balanço da participação de Cabo Verde na 75.ª sessão do Comité Regional da OMS para África, em Lusaca (Zâmbia), que se realizou entre 25 a 27 de agosto, reunindo ministros da Saúde e chefes de delegação de 47 Estados-membros para debater políticas e prioridades de saúde pública.
Segundo o ministro, Cabo Verde continua a ser apontado como exemplo de boas práticas, depois de ter recebido em 2024 o certificado de eliminação do paludismo.
No entanto, em julho, a nova representante da OMS em Cabo Verde, Ann Lindstrand, alertou para a necessidade de se reforçar a prevenção, lembrando que o certificado pode ser revertido caso se confirmem três ou mais casos de transmissão local da doença no início de 2026.
O Governo declarou situação de contingência devido ao risco de proliferação de mosquitos com a época das chuvas, em vigor até final de outubro, e tem realizado ações de limpeza e pulverização em zonas de lixo e águas paradas, ambientes propícios à propagação de vetores de malária e dengue.
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