A operação de sensibilização foi lançada conjuntamente pela polícia criminal, os serviços de inteligência interna e externa, e a contraespionagem militar.
"Não se torne um agente descartável", pedem os serviços de segurança num comunicado conjunto da campanha, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Alertam que a Rússia encontra nas redes sociais utilizadores para "realizar atividades de espionagem ou sabotagem na Alemanha ou contra a Alemanha".
Tais "agentes descartáveis" ou "de baixo nível", como lhe chamam, são recrutados para cometer crimes com a promessa de uma pequena remuneração, muitas vezes sem conhecer os mandantes nem o objetivo perseguido.
Os supostos mandantes são "os serviços secretos russos", segundo as autoridades alemãs.
Num cartaz da campanha, vê-se um indivíduo a incendiar um edifício para ganhar 100 euros, antes de ser detido pela polícia.
As penas são pesadas mesmo em caso de "infração menor", alerta a polícia criminal.
A sabotagem pode valer até cinco anos de prisão e as "atividades de agente de inteligência" até 10 anos de prisão.
Estas ações "constituem um ataque à nossa democracia, utilizando meios de desinformação, intimidação e subversão", segundo o chefe dos serviços de inteligência, Bruno Kahl.
As autoridades convidam as pessoas abordadas a contactar os serviços secretos internos.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os atos de sabotagem e espionagem atribuídos à Rússia multiplicaram-se na Alemanha e noutros países da Europa.
Berlim acusa Moscovo de ser responsável por campanhas de desestabilização dos aliados europeus de Kyiv.
A Rússia nega as acusações.
Leia Também: Homicida de Andriy Parubiy quer ser trocado por prisioneiros de guerra