"É a minha vingança pessoal contra o poder na Ucrânia", disse o detido à imprensa na terça-feira, falando dentro de uma cabine de vidro num tribunal da cidade de Lviv (oeste), onde o crime ocorreu no sábado.
O tribunal decretou prisão provisória sem direito a fiança.
Questionado por um jornalista sobre se é verdade que os serviços secretos russos o chantagearam para cometer o crime, oferecendo-lhe a devolução do corpo do filho, desaparecido em ação há dois anos, o homem, na casa dos 50 anos, negou.
"Não é verdade", respondeu o detido, que, no entanto, expressou o desejo de ser incluído numa das trocas de prisioneiros que ucranianos e russos realizam periodicamente para ir à Rússia procurar o corpo do filho.
Quando questionado sobre a escolha de Parubiy, que estava afastado da cena política, como alvo, respondeu: "Porque ele era próximo de mim".
Tanto o assassino confesso de Parubiy como a própria vítima viviam em Lviv.
Parubiy tinha uma longa história de ativismo nos círculos nacionalistas ucranianos e estava atrás da chamada revolução Maidan, que derrubou a última administração pró-russa da Ucrânia.
Andriy Parubiy foi presidente do parlamento ucraniano, a Rada, de 2016 a 2019, e secretário do Conselho de Segurança Nacional.
Na própria revolução Maidan (2013-2014), desempenhou um papel fundamental como chefe dos grupos de autodefesa que protegiam os manifestantes da polícia de choque.
Uma centena de manifestantes foram mortos na repressão dos protestos no centro de Kyiv.
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