Ambos os incêndios, um declarado no domingo e outro na segunda-feira, estavam a alastrar-se nas montanhas na fronteira entre as províncias de Kastamonu e Karabuk, a apenas 20 quilómetros do vale de Saframbolu, um destino turístico popular.
As duas frentes estavam a apenas cinco quilómetros uma da outra e as tarefas de extinção eram difíceis devido aos rochedos íngremes e ravinas da região, disse o ministro da Agricultura e Florestas, Ibrahim Yumakli.
Equipas de socorro transportaram para lugares seguros durante a madrugada 437 moradores de seis aldeias, juntamente com quase 500 animais de criação, segundo a agência de notícias turca Anadolu.
As chamas aproximaram-se a menos de 100 metros de algumas aldeias, disse a mesma fonte, citada pela agência espanhola EFE.
Outro incêndio, que assolava na segunda-feira a província vizinha de Bartin, na costa do Mar Negro, foi dado hoje como controlado, assim como outros dois focos em Aydin e Denizli, no sudoeste da Anatólia, disse Yumakli.
O ministro explicou que a Turquia sofreu três grandes ondas de incêndios neste verão, a primeira entre o final de junho e o início de julho, a segunda no final de julho, enquanto a terceira, ainda em curso, começou no final de agosto.
Desde o início do ano, os bombeiros intervieram em cerca de 2.500 incêndios florestais e em 3.300 incêndios em zonas agrícolas, disse Yumakli durante uma conferência de imprensa divulgada nas redes sociais.
Vários meses de seca, com menos chuva do que o habitual, especialmente no oeste da Anatólia, que há semanas obrigam a impor graves restrições ao abastecimento de água na província de Esmirna, facilitaram a propagação dos incêndios.
Yumakli disse que as alterações climáticas expandiram as áreas de risco de incêndio.
"A região ocidental do Mar Negro está agora pelo menos tão sujeita a riscos como outras áreas em termos de incêndios florestais", afirmou, citado pela Anadolu.
O ministro advertiu que a ação dos bombeiros e das organizações do Estado, por mais rápida que seja, não é suficiente por si só, e defendeu a importância da consciência social e individual na prevenção de incêndios.
Prometeu a reflorestação de todas as áreas ardidas e anunciou que a questão das florestas e da natureza foi incluída no currículo escolar, sendo a primeira lição do novo ano letivo.
"Vamos incutir nas mentes jovens o amor pela 'pátria verde' desde o primeiro dia em que começarem a aprender", afirmou.
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