Durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, Xi afirmou que "a China e o Paquistão são amigos na adversidade e irmãos" e que "uma relação sólida entre ambos contribui para a paz e o desenvolvimento regionais", segundo um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa.
O chefe de Estado chinês reiterou o apoio de Pequim à "unidade, ao foco no desenvolvimento e ao fortalecimento nacional do Paquistão".
Sharif garantiu que o seu Governo "não poupará esforços para proteger a segurança do pessoal, dos projetos e das instituições chinesas" em território paquistanês. "Cada geração de paquistaneses recorda a ajuda desinteressada da China. Nenhuma força pode quebrar esta amizade inquebrantável entre os nossos dois países", afirmou.
Em outubro de 2024, dois cidadãos chineses morreram e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas num atentado suicida no aeroporto de Karachi, no sul do país. Em março do mesmo ano, outro atentado semelhante causou a morte de pelo menos cinco trabalhadores chineses e um paquistanês, envolvidos na construção de uma central hidroelétrica em Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa.
Na mesma região, em março do ano passado, cinco engenheiros chineses e um condutor paquistanês morreram noutro ataque suicida.
Estes atentados têm sido um obstáculo ao aprofundamento da parceria sino-paquistanesa, sobretudo no plano económico. A China comprometeu-se a investir 64 mil milhões de dólares (54 milhões de euros) em infraestruturas no Paquistão, no âmbito do Corredor Económico China -- Paquistão (CPEC), integrado na Iniciativa Faixa e Rota, que visa ligar o sul e o centro da Ásia a Pequim.
Shehbaz Sharif participou no domingo e na segunda-feira na 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada na cidade chinesa de Tianjin. O
líder paquistanês assistirá também esta quarta-feira ao desfile militar em Pequim que assinala os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, evento que contará com a presença dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, entre outros.
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