Em abril, "estimaram o número de mortos em pelo menos 600", mas, com base em estimativas atualizadas, "agora estimam o número em cerca de dois mil", disse o deputado Lee Seong-kweun aos jornalistas após uma reunião com o Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês da Coreia do Sul.
Durante a reunião à porta fechada do comité parlamentar de inteligência, o NIS estimou que Pyongyang enviou até ao momento cerca de 15 mil soldados para a Rússia.
De acordo com deputados dos dois principais partidos, citados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, o NIS acredita que a Coreia do Norte está a preparar um terceiro destacamento de cerca de seis mil homens, incluindo mil sapadores que já chegaram à frente de batalha.
A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA noticiou no sábado que o líder norte-coreano Kim Jong-un tinha conversado no dia anterior com familiares de soldados mortos nos combates contra a Ucrânia em apoio da Rússia.
Kim já se tinha encontrado com alguns deles na semana anterior, noutra cerimónia pública em homenagem aos militares.
A Rússia e a Coreia do Norte consolidaram os laços bilaterais, através da assinatura de um pacto de defesa mútua no ano passado, durante uma visita do Presidente russo a Pyongyang.
Em abril, a Coreia do Norte confirmou, pela primeira vez, que tinha enviado um contingente de soldados para a linha da frente na Ucrânia, para combater ao lado das tropas russas.
O líder norte-coreano cruzou hoje a fronteira com a China a bordo do seu comboio blindado, rumo a Pequim, para participar numa importante parada militar com os presidentes chinês e russo.
A confirmação da entrada de Kim em território chinês foi divulgada pelo órgão oficial norte-coreano Voice of Korea, após a agência estatal KCNA ter noticiado na véspera a sua partida de Pyongyang com destino à capital chinesa.
O NIS prevê que o líder norte-coreano deverá chegar a Pequim esta tarde para participar no desfile militar, que se realizará na quarta-feira e contará também com a presença do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O Kremlin declarou recentemente que está a considerar a realização de uma cimeira bilateral entre os dois líderes, em paralelo com o desfile.
O NIS espera que Kim compareça no desfile ao lado de Xi Jinping e Putin e indicou ainda a possibilidade de ser acompanhado pela mulher, Ri Sol-ju, e pela influente irmã, Kim Yo-jong.
O serviço acrescentou que o regime de Pyongyang está a planear um grande desfile militar para outubro, em comemoração do 80.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, o partido único da Coreia do Norte.
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