A primeira-ministra ucraniana, Yuliia Svyrydenko, revelou hoje que o Governo ucraniano delegou representantes no conselho administrativo do Fundo de Investimento para a Reconstrução EUA-Ucrânia, que resultou do acordo de minerais entre os países, de acordo com a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Svyrydenko observou que a reunião irá concentrar-se na definição dos critérios de seleção de projetos e outros procedimentos operacionais para o fundo.
A delegação ucraniana será composta por Oleksii Sobolev, ministro da Economia, Ambiente e Agricultura, Yehor Perelyhin, vice-ministro da Economia, Ambiente e Agricultura, e Oleksandr Karasevych, secretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Todos eles são gestores qualificados, com experiência na captação de investimento, negociação com parceiros, planeamento estratégico e expertise na área dos recursos minerais", explicou Svyrydenko.
De acordo com o Ministério da Economia, Ambiente e Agricultura da Ucrânia, a primeira reunião do conselho do Fundo de Investimento para a Reconstrução EUA-Ucrânia incluirá a aprovação dos membros do comité, dos princípios de seleção de projetos e dos procedimentos operacionais.
O ministério recordou que o conselho de administração é composto por seis dirigentes, três de cada lado.
A delegação norte-americana será representada por três gestores autorizados pela Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) dos EUA, através da sua subsidiária, a DFC Ukraine Subsoil.
Todas as decisões estratégicas serão tomadas por unanimidade, garantindo uma parceria igualitária entre as duas nações, de acordo com o Governo ucraniano.
O Parlamento da Ucrânia (Verkhovna Rada) ratificou em 08 de maio o acordo entre os governos da Ucrânia e dos Estados Unidos para a criação do Fundo de Investimento para a Reconstrução EUA-Ucrânia (acordo sobre minerais).
O acordo foi assinado no final de abril, após semanas de tensões entre Kiev e Washington, que culminaram numa altercação verbal entre Trump e Zelensky na Sala Oval da Casa Branca, no final de fevereiro.
O documento diz respeito a projetos focados na extração de recursos naturais, petróleo e gás, desenvolvimento portuário e infraestruturas relacionadas em toda a Ucrânia.
O acordo, que foi lançado oficialmente em 23 de maio, entrará em vigor após a troca de notas diplomáticas que confirmem a conclusão dos procedimentos internos por ambas as partes, destacou a Ukrinform.
A Rússia lançou sua invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022, o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que deixou dezenas, senão centenas, de milhares de mortos em ambos os países.
Leia Também: NATO reafirma apoio a Kyiv em reunião de emergência após ataques russos