O ex-presidente da câmara de Nova Iorque Rudy Giuliani está hospitalizado desde sábado após um acidente de carro no estado de New Hampshire, com uma fratura numa vértebra, entre outras lesões, informou o seu porta-voz pessoal no domingo.
O também advogado e aliado do presidente Donald Trump viajava numa autoestrada quando parou para ajudar uma "mulher vítima de violência doméstica", especificou o porta-voz Michael Ragusa numa publicação nas redes sociais.
A decisão de Trump de atribuir uma homenagem a um homem que já foi elogiado por liderar Nova Iorque após os ataques de 11 de setembro de 2001 e que mais tarde foi sancionado pelos tribunais e desqualificado por divulgar falsas alegações sobre as eleições de 2020.
Giuliani também foi acusado criminalmente em dois estados, no entanto, negou qualquer irregularidade.
Hoje, Trump, numa declaração nas redes sociais, considerou que Giuliani foi o "maior prefeito da história da cidade de Nova Iorque e, igualmente, um grande patriota americano."
Durante grande parte das últimas duas décadas, a vida pública de Giuliani tem sido definida por uma notável ascensão e queda.
Depois de liderar Nova Iorque na sequência dos ataques de 11 de setembro, ele lançou uma breve campanha para a nomeação republicana à presidência e tornou-se numa das figuras políticas mais reconhecidas do país.
Mas, como advogado pessoal de Trump, Giuliani tornou-se uma figura central nos esforços para anular a eleição de 2020. Os tribunais rejeitaram repetidamente as alegações de fraude que ele apresentou, e dois ex-trabalhadores eleitorais da Geórgia ganharam um julgamento de difamação contra ele, recebendo uma indemnização 148 milhões de dólares.
Os trabalhadores eleitorais, Ruby Freeman e Wandrea "Shaye" Moss, disseram que os esforços de Giuliani para promover as mentiras de Trump sobre a eleição ter sido roubada levaram a ameaças de morte que os fizeram temer pelas suas vidas.
Giuliani, 81 anos, foi hospitalizado após a colisão na noite de sábado em New Hampshire.
A polícia estadual disse que ele ía num Ford Bronco alugado, dirigido pelo seu porta-voz, Ted Goodman, quando o veículo foi atingido por trás por um Honda HR-V. Giuliani sofreu uma fratura na vértebra torácica e múltiplas lesões.
Segundo o porta-voz pessoal do antigo presidente da câmara de Nova Iorque este sofreu além de um fratura numa vértebra torácica, lesões na perna e no braço esquerdo, e contusões e lacerações, de acordo com o comunicado.
Mas, Ragusa esclareceu que o acidente "não foi um ataque dirigido".
Giuliani tornou-se famoso nas décadas de 1980 e 1990 na cidade de Nova Iorque como procurador, antes de ser eleito prefeito, cargo que ocupou durante dois mandatos (1994-2001).
Mais tarde, em 2008, candidatou-se sem sucesso à presidência dos Estados Unidos e, posteriormente, tornou-se conselheiro de Trump - durante o seu primeiro mandato -.
Nos últimos anos, a sua figura foi prejudicada por divulgar teorias da conspiração sobre as eleições de 2020, nas quais, segundo a sua visão, Trump perdeu por manipulação na contagem.
Giuliani foi desqualificado em Nova Iorque e Washington DC, e declarou falência depois de ser multado em mais de 145 milhões de dólares por disseminar informações falsas sobre os trabalhadores eleitorais da Geórgia.
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