Morreu na sexta-feira, 29 de agosto, uma das principais figuras do jornalismo latino-americano: Alberto Padilla.
O homem de 60 anos, que atualmente vivia na Costa Rica, estava reunido com os seus amigos quando se começou a sentir mal e desmaiou, conta a emissora CRC 89.1 Radio, citada pelo La Vanguardia, onde o jornalista apresentava um programa.
Segundo a rádio, "ele foi imediatamente transferido para o Hospital Cima, em San José, onde, apesar dos cuidados recebidos, acabou por morrer nessa mesma noite".
Horas antes, Padilla tinha estado sentado nos estúdios da mesma rádio que confirma a sua morte, a apresentar o seu noticiário, chamado ‘A las 5 con Alberto Padilla’ (‘Às 5 com Alberto Padilla’, em português).
Jornalista terá morrido de ataque cardíaco
Segundo uma colega e amiga do jornalista, Glenda Umaña, a morte de Padilla foi causada por um "ataque cardíaco repentino".
No sábado, após a confirmação da morte do jornalista, a conta do programa que apresentava no Facebook, fez uma publicação em homenagem ao "colega, amigo e irmão".
"Alberto Padilla, sua memória viverá para sempre entre aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo. Obrigado pela sua amizade e por todos os momentos que compartilhamos; jamais o esqueceremos", diz a imagem, sob a qual se continuam a acumular comentários de pêsames.
Alberto Padilla apresentou a CNN en Español
Padilla nasceu em Monterrey, no nordeste do México, mas passou os últimos cinco anos da sua vida na Costa Rica.
Formou-se em Estudos Internacionais na Universidade de Monterrey e construiu uma carreira no jornalismo onde se destacou, sendo considerado uma das vozes mais influentes da América Latina, principalmente devido ao período em que apresentou a CNN en Español.
Foi apresentador e analista nesse canal, onde se destacou com o programa diário 'Economia e Finanças'.
"Nessa altura, a minha residência era nos Estados Unidos, mas todo o meu trabalho sempre foi para a América Latina. Então chegou um momento em que eu disse: 'É melhor eu ir para onde meu trabalho está', e foi por isso que me mudei para a Costa Rica", explicou Padilla numa entrevista feita nas Honduras em 2021.
Enquanto vivia em Atlanta, nos Estados Unidos, o jornalista constitui família e teve dois filhos dos quais, tinha "extremo orgulho", relatou a amiga Glenda Umaña.
No site oficial da CRC 89.1 Radio, a redação deixa uma nota de pesar conjunta onde considera que "o jornalismo na América Latina e na Costa Rica perde um profissional com uma longa trajetória, cuja marca permanecerá na memória coletiva".
"A sua voz crítica, o seu estilo direto e sua capacidade de contextualizar os acontecimentos o tornaram uma referência para várias gerações de jornalistas e uma fonte confiável de informação para o público.”
Leia Também: Dois aviões colidem no ar nos EUA: Há um morto e três feridos