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Coreia do Sul suspende emissões de propaganda através para Pyongyang

A Coreia do Sul anunciou hoje a suspensão, após 15 anos, das transmissões radiofónicas de propaganda dirigidas aos norte-coreanos, em mais um gesto de reconciliação intercoreana por parte de Seul.

Coreia do Sul suspende emissões de propaganda através para Pyongyang

© Lusa

Lusa
01/09/2025 06:30 ‧ há 1 dia por Lusa

"O Ministério da Defesa suspendeu a transmissão da Voz da Liberdade como parte das medidas para reduzir as tensões militares com a Coreia do Norte", disse o porta-voz do ministério, Lee Kyung-ho, aos jornalistas.

 

A Voz da Liberdade, uma frequência cujo conteúdo é produzido pelo Ministério da Defesa, tinha sido reativada em maio de 2010, após um ataque do Norte ter afundado a corveta sul-coreana Cheonan.

A suspensão surge após o Governo do Presidente Lee Jae-myung, que assumiu o cargo em junho, ter implementado outras medidas para reduzir as tensões na península.

O novo Governo de Seul desligou os altifalantes de propaganda na fronteira, e o Serviço Nacional de Informações sul-coreano interrompeu em julho as transmissões de rádio e televisão para o Norte, que estavam activas há décadas.

Park Won-gon, professor de estudos norte-coreanos na Universidade Feminina Ewha, em Seul, disse na semana passada que o único poder de negociação real de Seul com o Norte é cortar as transmissões de propaganda.

Na quarta-feira, a Coreia do Norte criticou o que descreveu como a hipocrisia de Lee Jae-myung, ao falar sobre a possível desnuclearização da península coreana.

Pyongyang afirmou que a Coreia do Sul é o "único país que entregou toda a soberania aos Estados Unidos", de acordo com um editorial publicado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

A agência, que transmite a posição oficial de Pyongyang sobre política nacional e internacional, lamentou que Seul esteja a promover "ilusões vazias sobre a desnuclearização".

Reafirmou ainda que a Coreia do Norte nunca entregará as armas nucleares que possui.

"Lee deve compreender que continuar a alimentar este sonho sobre a desnuclearização não vai ajudar ninguém", afirmou.

A Coreia, que foi colonizada pelo Japão entre 1910 e 1945, foi dividida pelos Estados Unidos e pela União Soviética em duas zonas administrativas, separadas pelo paralelo 38, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Dessa divisão resultou a Guerra da Coreia (1950-1953), que opôs a República Democrática Popular da Coreia (Norte), apoiada pela União Soviética e a China, e a República da Coreia (Sul), apoiada por uma força internacional liderada pelos Estados Unidos.

O conflito armado causou cerca de 2,5 milhões de mortos, maioritariamente coreanos, e terminou com um armistício, mas sem que tivesse sido assinado um acordo de paz, pelo que tecnicamente Pyongyang e Seul continuam em guerra.

As duas Coreias continuam divididas pelo paralelo 38, tendo sido criada uma zona desmilitarizada perto da aldeia de Panmunjom, onde foi assinado o armistício em 27 de julho de 1953.

Leia Também: Coreia do Norte regista maior crescimento após cooperação com Rússia

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