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França, Reino Unido e Alemanha ativam mecanismo de sanções ao Irão

A França, o Reino Unido e a Alemanha ativaram hoje o mecanismo para reimpor sanções da ONU contra o Irão, por incumprimento em relação ao seu programa nuclear, revela uma carta enviada ao Conselho de Segurança.

França, Reino Unido e Alemanha ativam mecanismo de sanções ao Irão

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Lusa
28/08/2025 15:25 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Nuclear

Segundo o documento citado pela agência France-Presse (AFP), os três países, que constituem o grupo conhecido como E3, notificam o Conselho de Segurança da ONU, "com base em provas factuais", que o Irão "está em incumprimento significativo dos seus compromissos" do acordo nuclear de 2015.

 

O grupo E3 invocou nesse sentido a ativação do mecanismo 'snapback', que inicia "um processo de 30 dias para reimpor uma série de sanções suspensas há dez anos".

Os países europeus têm vindo a ameaçar Teerão há meses e a ativação do mecanismo surge poucas semanas antes do fim do seu prazo e numa altura em que a diplomacia está paralisada.

As negociações entre os Estados Unidos e o Irão estão estagnadas, a cooperação de Teerão com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) é limitada e as discussões entre a República Islâmica e os países europeus também não têm sido bem-sucedidas.

O E3 "fará pleno uso do período de 30 dias" para tentar encontrar uma solução negociada e evitar com sucesso a reimposição de sanções, indicaram os três países na carta ao Conselho de Segurança, assinada pelos respetivos chefes das diplomacias.

"A escalada nuclear do Irão não deve prosseguir", insistiu o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Noel Barrot, numa mensagem na rede social X, acrescentando por outro lado que "esta medida não sinaliza o fim da diplomacia".

O mecanismo prevê o congelamento dos ativos iranianos no estrangeiro, a suspensão dos negócios de armas com Teerão e penaliza qualquer desenvolvimento do seu programa de mísseis balísticos, entre outras medidas, pressionando ainda mais a frágil economia do país.

O E3 avisou em 08 de agosto que poderia desencadear o 'snapback', no seguimento da suspensão das inspeções da AIEA após os ataques israelitas no início da guerra com o Irão, ao longo de 12 dias em junho.

Israel, que justificou os seus ataques com a iminência de uma arma atómica iraniana, eliminou vários elementos da hierarquia militar de Teerão e cientistas ligados ao programa nuclear.

De acordo com a AIEA, antes da guerra, o Irão enriquecia urânio até 60% de pureza --- um pequeno passo técnico para atingir os níveis de 90% para a obtenção de armas - e desenvolveu também um 'stock' de urânio altamente enriquecido suficiente para produzir múltiplas bombas atómicas, caso optasse por fazê-lo.

A República Islâmica insiste que o seu programa nuclear é pacífico e procura apenas objetivos civis, mas no final de junho, em plena guerra com Israel, os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares iranianas.

É ainda incerto o real dano dos ataques israelitas e norte-americanos contra o programa nuclear iraniano.

A Assembleia-Geral da ONU, que decorrerá em setembro, deverá ter o Irão como um dos seus principais temas.

[Notícia atualizada às 16h06]

Leia Também: Maduro acusa EUA de violação do Tratado de Tlatelolco. Entenda o que é

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