"Conversei há pouco com o Presidente Volodymyr Zelensky [Ucrânia] e depois com o Presidente Donald Trump [EUA], depois de um gigantesco bombardeamento em Kyiv que também atingiu as nossas instalações da União Europeia. Putin tem de vir para a mesa das negociações", escreveu Ursula von der Leyen, nas redes sociais.
A presidente do executivo comunitário europeu acrescentou que é necessário "assegurar uma paz justa e duradoura na Ucrânia", ecoando a principal reivindicação da União Europeia (UE) e da própria Ucrânia perante a incerteza da postura de Washington, com "garantias de segurança firmes e credíveis que transformem o país num porco-espinho de ferro".
"A Europa vai fazer a sua parte na íntegra", sustentou, referindo o instrumento que a União Europeia tem à disposição para financiar a Ucrânia e reforçar as capacidades militares do país invadido.
Hoje, em conferência de imprensa, em Bruxelas, capital da Bélgica e cidade onde estão localizadas as principais instituições europeias, os porta-vozes da Comissão Europeia disseram que não há planos para encerrar as operações da missão diplomática da UE na Ucrânia.
A UE convocou hoje o enviado especial da Rússia para o bloco comunitário para exigir explicações sobre o bombardeamento em Kyiv, durante a madrugada, que atingiu as instalações da missão europeia no país.
Just spoke with President @ZelenskyyUa, then @POTUS Donald Trump, following the massive strike on Kyiv which also hit our EU offices.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 28, 2025
Putin must come to the negotiating table.
We must secure a just and lasting peace for Ukraine with firm and credible security guarantees that…
Os funcionários da delegação da União Europeia em Kyiv estão "em segurança" apesar dos "bombardeamentos implacáveis da Rússia", cujas ondas de choque atingiram o edifício da equipa comunitária em Kyiv, na Ucrânia, disse a presidente da Comissão Europeia.
"Mais uma noite de bombardeamentos implacáveis da Rússia. [O ataque] atingiu infraestruturas civis e matou inocentes. Também atingiu a nossa delegação da UE em Kyiv, [mas] o pessoal da nossa delegação está em segurança", escreveu a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
"A Rússia deve cessar imediatamente os seus ataques indiscriminados contra infraestruturas civis e participar nas negociações para uma paz justa e duradoura", apelou ainda.
Pelo menos 14 pessoas morreram e 48 ficaram feridas na madrugada de hoje em Kyiv devido a um ataque massivo russo com 629 'drones' (veículos aéreos pilotados remotamente) e mísseis contra o território ucraniano, declararam as autoridades ucranianas.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou também através do X que mísseis russos atingiram hoje a delegação da UE em Kyiv, na Ucrânia.
António Costa condenou a ação "deliberada" da Rússia numa "noite de ataques mortíferos" com mísseis russos a serem lançados contra um edifício que tinha civis e pessoal da delegação da UE na capital ucraniana.
Leia Também: "Ataques mortíferos" em Kyiv geram contestação entre líderes. As reações