O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, sublinhou que foi encontrada uma "solução temporária" até que os danos deste último ataque estejam definitivamente resolvidos.
Szijjarto destacou que o mais recente ataque foi o mais grave, em relação a ocasiões anteriores, noticiou a agência de notícias Europa Press.
O chefe da diplomacia húngara revelou que o vice-ministro da Energia russo, Pavel Sorokin, confirmou que os envios de petróleo para a Hungria podem ser retomados a título experimental e com volumes mais baixos a partir de quinta-feira.
Peter Szijjarto adiantou ainda que as reservas da Hungria são atualmente suficientes, pelo que não há necessidade de as utilizar.
No entanto, criticou a posição de alguns órgãos de comunicação social e políticos húngaros, que apoiam a Ucrânia, bem como da Comissão Europeia.
"É escandaloso que alguns políticos e órgãos de comunicação húngaros defendam os ucranianos que atacaram o oleoduto, e que a Comissão Europeia continue a afirmar que 'o abastecimento não está em risco'", vincou através da rede social X, onde exigiu que Kyiv terminasse os ataques.
Na semana passada, o Governo húngaro reportou um novo ataque a este oleoduto, o terceiro num curto espaço de tempo.
A infraestrutura é a mais longa do mundo e a principal rota de transporte de petróleo russo para países europeus como a Hungria e a Eslováquia, entre outros.
Na semana passada a Hungria e Eslováquia pediram à Comissão Europeia medidas concretas e ajuda aos Estados Unidos.
Os dois governos exigiram num comunicado conjunto ao executivo de Ursula von der Leyen medidas concretas para assegurar a segurança energética, já que o oleoduto 'Druzhba' "é indispensável para o abastecimento" daqueles países.
"Sem o oleoduto, o abastecimento de petróleo nos nossos países é fisicamente impossível, sabotagens como estas são um ataque direto e inaceitável à nossa segurança energética", reclamaram.
A sabotagem ucraniana aumentou de intensidade com os bombardeamentos de parte a parte contra infraestruturas energéticas.
A Rússia bombardeou em várias ocasiões, desde o início da invasão, há mais de três anos, infraestruturas de gás e responsáveis pelo aquecimento de habitações.
A Ucrânia retaliou com bombardeamentos a refinarias e oleodutos russos.
Os dois países, que são as forças de bloqueio dentro da UE ao apoio à Ucrânia, também olharam para o outro lado do Atlântico e pediram a intervenção de Washington.
Desta vez, o apelo subiu de tom e foi dirigido ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os EUA estão a mediar a mais recente tentativa de negociações entre a Ucrânia e a Rússia.
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