Um homem do Wisconsin que simulou a sua própria morte num acidente de caiaque, por forma a deixar os Estados Unidos e encontrar-se com uma mulher que tinha conhecido na internet, na Geórgia, foi condenado a 89 dias de prisão, o que corresponde ao período de tempo em que esteve desaparecido.
Depois de se ter declarado inocente, Ryan Borgwardt optou por não contestar as acusações que pendiam sobre si e concordou com o pagamento de 30 mil dólares (25.875 euros) às autoridades, para cobrir os gastos dos esforços efetuados para o encontrar, noticiou a CNN.
“Lamento profundamente as ações que cometi naquela noite e toda a dor que causei à minha família e aos meus amigos”, disse o homem de 45 anos, na terça-feira.
Os procuradores tinham pedido ao juiz do Tribunal Distrital do Condado de Green Lake, Mark Slate, para que condenasse o arguido a 45 dias de prisão. Contudo, o responsável optou por duplicar a sentença, na esperança de desencorajar quem, à semelhança de Borgwardt, estivesse a pensar fingir a sua morte e enganar as autoridades.
O homem foi dado como desaparecido no dia 12 de agosto de 2024, depois de ter dito à esposa que ia andar de caiaque no Green Lake. O caso foi, inicialmente, investigado como um possível afogamento. Contudo, ao fim de 58 dias, as autoridades alargaram as buscas e descobriram que o sujeito obteve um passaporte novo três meses antes de desaparecer, para se encontrar com uma mulher do Uzbequistão que tinha conhecido na internet.
Na noite de 11 de agosto, Borgwardt virou o caiaque no rio, regressou à costa num barco insuflável e pedalou 112 quilómetros até Madison, numa bicicleta elétrica. Aí, apanhou um autocarro para Toronto, no Canadá, seguiu para Paris e chegou a “um país na Ásia”, antes de aterrar na Geórgia.
O homem detalhou às autoridades que passou vários dias num hotel com uma mulher, antes de se mudar para a Geórgia.
A procuradora do condado de Green Lake, Gerise LaSpisa, apontou que o indivíduo “não contou com a determinação e dedicação” da polícia, que apurou que Borgwardt fez ainda um seguro de vida e reverteu uma vasectomia.
O homem, que deixou a esposa e os três filhos para trás, regressou aos Estados Unidos “para reparar o erro”, de acordo com o seu advogado, Erik Johnson. O responsável adiantou também que Borgwardt já pagou os 30 mil dólares a que foi condenado.
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