Os ativistas planeavam bloquear a passagem do comboio de carros oficiais pela capital, onde os três líderes têm previsto discursar para a multidão na praça da Grande Assembleia Nacional, informou a polícia aos meios de comunicação locais.
Entre os 22 detidos estão membros do proibido movimento pró-russo Pobeda (Vitória), cujo líder é o oligarca Ilon Shor, que está exilado em Moscovo e é procurado pela justiça moldava.
A polícia, que pediu aos moldavos na terça-feira que não caíssem nas provocações da Rússia, continua hoje a sua operação para impedir ações ilegais contra a visita de líderes estrangeiros, que serão recebidos pela Presidente moldava, Maia Sandu.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, vão manifestar hoje em Chisinau "o seu total apoio à segurança, soberania e o caminho europeu da Moldova", afirmou num comunicado a Presidência francesa.
Neste sentido, Maia Sandu sublinhou que "esta visita é uma confirmação de que a Moldova é importante, respeitada e não está sozinha".
"Digo aos representantes europeus que a Moldova partilha valores democráticos e quer pertencer ao mundo livre, fazer parte da família europeia, ser um país solidário", afirmou a Presidente.
Oposição critica visita de líderes europeus à Moldova
A oposição pró-Rússia, liderada pelo socialista Igor Dodon, criticou a visita, considerando-a não um sinal de apoio ao país, mas sim ao partido no poder, o Ação e Solidariedade.
As autoridades moldavas, que acusam o Kremlin de interferência política e de ameaça à segurança nacional, terão eleições legislativas cruciais no final de setembro, nas quais as forças pró-russas estão a unir esforços para derrubar o Governo pró-europeu.
A 4 de julho, Chisinau acolheu a primeira cimeira União Europeia (UE)-Moldávia, durante a qual Bruxelas promoveu as negociações de adesão da pequena república, que mantém laços étnicos e culturais estreitos com a vizinha Roménia.
"A Moldova está pronta (...). Quando a Moldova aderir, estaremos mais seguros na UE", declarou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, naquela ocasião.
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