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Chuvas matam 32 pessoas na Índia e desalojam milhares no Paquistão

Chuvas intensas que atingiram partes do Paquistão e da Índia causaram 32 mortos e um número indeterminado de desaparecidos na parte indiana da Caxemira, anunciaram hoje as autoridades indianas.

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Lusa
27/08/2025 11:00 ‧ há 8 horas por Lusa

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As mortes e desaparecimentos ocorreram na região de Jammu, na Caxemira controlada pela Índia, onde se registaram inundações repentinas e deslizamento de terras numa rota de peregrinação hindu, noticiou a agência Press Trust of India (PTI).

 

O período em que ocorreram as mortes causadas pelas inundações não ficou imediatamente claro, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

Autoridades da província de Punjab, no leste do Paquistão, solicitaram hoje a ajuda do exército nos esforços de resgate e socorro depois de as chuvas torrenciais terem feito transbordar grandes rios.

Várias localidades ficaram inundadas e mais de 150.000 pessoas foram desalojadas, disseram as autoridades.

Equipas de resgate retiraram mais de 20.000 pessoas durante a noite dos arredores de Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão, que também enfrentava o risco de cheias.

As pessoas retiradas das áreas próximas a Lahore viviam ao longo do leito do rio Ravi, disse o diretor-geral da Autoridade de Gestão de Desastres do Punjab, Irfan Ali Kathia.

A saída dos residentes das áreas mais vulneráveis começou no início da semana em seis distritos do Punjab.

As chuvas de monção mais intensas do que o normal e a libertação de água de barragens transbordadas na vizinha Índia provocaram enchentes repentinas em regiões fronteiriças de baixa altitude, disse Kathia.

Os meteorologistas previram que a chuva continuará em toda a região durante a semana.

Chuvas fortes e inundações repentinas na região dos Himalaias mataram quase 100 pessoas em agosto.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, elogiou hoje as autoridades locais pela retirada oportuna da população e disse que auxílio de emergência estava a ser fornecido aos afetados pelas inundações, de acordo com um comunicado do Governo.

Kathia alertou que as águas dos rios Ravi, Chenab e Sutlej estavam a subir perigosamente e que muitas aldeias foram inundadas nos distritos de Kasur, Okara, Bahawalnagar, Bahawalpur, Vehari e Sialkot.

A Índia alertou o Paquistão sobre possíveis inundações transfronteiriças através de canais diplomáticos, em vez da Comissão das Águas do Indo, que é o mecanismo permanente ao abrigo do Tratado das Águas do Indo, mediado pelo Banco Mundial em 1960.

Nova Deli suspendeu o trabalho da comissão após o assassinato de 26 turistas na Caxemira controlada pela Índia, em abril, embora Islamabad insista que a Índia não pode rescindir unilateralmente o tratado.

As enchentes provocadas pelas chuvas de monção mataram mais de 800 pessoas no Paquistão desde o final de junho.

Cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a intensificar as chuvas de monção no sul da Ásia, aumentando os receios de uma repetição do desastre climático de 2022, que atingiu um terço do Paquistão e matou 1.739 pessoas.

A Índia é o país com mais população do mundo, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes, e o Paquistão o quinto, com mais de 255 milhões.

A monção designa os ventos sazonais relacionados com a alternância entre as estações seca e das chuvas nas regiões costeiras tropicais e subtropicais.

De junho a setembro, as chuvas de monção ocorrem em países do sul da Ásia, como a Índia, Paquistão, Vietname, Tailândia, Camboja, Bangladesh e Laos, segundo o Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas norte-americano.

De dezembro a fevereiro, as chuvas de monção deslocam-se para o sul do equador em direção à Austrália, enquanto o sul da Ásia passa por condições de estação seca.

Leia Também: Agosto despede-se com semana de céu nublado e alguma chuva

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