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Parlamento da Bolívia vira à Direita, após 20 anos de Esquerda no poder

A direita passou a ter maioria no parlamento boliviano, enquanto a esquerda, no poder há 20 anos, saiu derrotada nas eleições de 17 de agosto, de acordo com os resultados finais publicados hoje pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).

Parlamento da Bolívia vira à Direita, após 20 anos de Esquerda no poder

© Jorge Mateo Romay Salinas/Anadolu via Getty Images

Lusa
26/08/2025 22:33 ‧ há 20 horas por Lusa

Os partidos dos vencedores da primeira volta das eleições presidenciais, o senador de centro-direita Rodrigo Paz e o ex-Presidente de direita Jorge Quiroga, vão controlar o Senado e a Câmara dos Deputados.

 

Os dois vão defrontar-se numa segunda volta em 19 de outubro.

O poder vai mudar de mãos após duas décadas de domínio esmagador do Movimento para o Socialismo (MAS), liderado pelo ex-Presidente Evo Morales (2006-2019) e, de seguida, pelo atual Presidente, Luis Arce.

Quatro partidos de direita passam a deter agora 119 dos 130 lugares parlamentares e todos os 36 senadores.

O principal partido será o Partido Democrata Cristão (PDC), liderado por Rodrigo Paz, que ficou em primeiro lugar na primeira volta, com 49 deputados e 16 senadores.

O segundo maior partido será o de Jorge Quiroga, com 39 lugares na Câmara dos Deputados e 12 no Senado.

A Aliança Popular, liderada pelo ex-candidato de esquerda Andrónico Rodríguez, conquistou oito lugares na Câmara dos Deputados.

O MAS conquistou apenas dois, em comparação com 75 anteriormente, e nenhum senador, em comparação com 21 anteriormente.

Esta eleição decorre em plena grave crise económica, marcada pela escassez de moeda estrangeira e de combustível.

O Governo do Presidente Arce, que decidiu não se recandidatar, praticamente esgotou as reservas cambiais do país para sustentar a sua política de subsídios aos combustíveis.

A Bolívia enfrentou também uma inflação anual de quase 25% em julho, um recorde desde pelo menos 2008.

Evo Morales, que abandonou o MAS, tentou candidatar-se pelo partido PAN-BOL, mas o TSE anulou a personalidade jurídica da formação política por incumprimento da lei.

Por outro lado, o Tribunal Constitucional boliviano determinou, em maio, que Morales não poderia ser candidato a um quarto mandato, por ter já ocupado o cargo de Presidente por mais de duas vezes, o que gerou em junho violentas manifestações dos seus apoiantes, que provocaram pelo menos seis mortos.

Desta forma, sem poderem ir a eleições, os apoiantes de Evo Morales ficaram sem representação parlamentar pela primeira vez desde 2002.

Em protesto contra esta exclusão, Evo Morales incentivou o voto inválido na primeira volta. De acordo com os resultados oficiais, 19,2% dos votos foram invalidados, um nível sem precedentes.

Leia Também: Bolívia: Dois candidatos de direita na segunda volta das Presidenciais

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