"Libertem [escrito em maiúsculas] Tina Peters, uma patriota corajosa e inocente", escreveu Donald Trump na sua rede social Truth Social, ameaçando tomar "medidas severas" se não for ouvido.
Peters, uma representante eleita do município de Mesa encarregada de várias tarefas administrativas, incluindo a supervisão das eleições, foi condenada em outubro a nove anos de prisão por ter autorizado um apoiante de Trump a aceder a dados confidenciais sobre o escrutínio de 2020, de acordo com a estação de televisão CBS.
Este homem procurava provar a existência de fraudes nas presidenciais, ganhas pelo democrata Joe Biden, numa vitória que o atual chefe de Estado recusa até agora reconhecer, apesar da validade do escrutínio de 2020 ter sido já confirmada por várias decisões judiciais.
Esta mensagem do bilionário de 79 anos é feita depois de uma série de ataques contra o sistema eleitoral norte-americano.
Na segunda-feira, o Presidente norte-americano insistiu na ideia de "acabar com o voto por correspondência".
O dirigente republicano anunciou que ia assinar um decreto para "ajudar a dar honestidade [também escrito em maiúsculas] às eleições intercalares", previstas para novembro do próximo ano, sem avançar pormenores sobre o conteúdo do texto.
No final de março, Trump assinou um decreto que visa restringir o voto por correspondência e impor aos estados norte-americanos controlos reforçados sobre as listas eleitorais.
Nos Estados Unidos, a organização das eleições é uma prerrogativa dos diferentes estados, com um certo enquadramento pelo Congresso (parlamento bicamaral) norte-americano, mas Donald Trump contesta esta repartição das competências.
O Presidente dos Estados Unidos tem mencionado com alguma frequência a possibilidade de apresentar uma nova candidatura em novembro de 2028, apesar de a Constituição proibir um terceiro mandato presidencial.
Leia Também: Obama elogia medida da Califórnia para anular manipulação eleitoral no Texas