"A história lembrará Albanese pelo que ele é: um político fraco que traiu Israel e abandonou os judeus australianos", escreveu Benjamin Netanyahu na rede social X.
Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, anunciou o cancelamento dos vistos dos diplomatas australianos junto da Autoridade Palestiniana, cuja representação está na Cisjordânia, em Ramallah.
"Recentemente, foi enviada uma notificação a esse respeito ao embaixador australiano em Israel", disse Saar num comunicado, no qual detalhou ter ordenado também à Embaixada de Israel em Camberra "um exame cuidadoso" de qualquer pedido de visto australiano para entrar em Israel.
"Isto surge na sequência da decisão da Austrália de reconhecer um 'Estado palestiniano' e da recusa injustificada de conceder vistos [para entrar na Austrália] a várias figuras israelitas, entre as quais a ex-ministra da Justiça Eilat Shaked e o presidente da Comissão de Constituição, Direito e Justiça do Knesset [Parlamento], o deputado Simcha Rotman", acrescentou na mesma nota.
A Austrália proibiu o deputado de extrema direita do partido Sionismo Religioso, Simcha Rothman, de visitar o país na segunda-feira, declarou o ministro do Interior, Tony Burke, por difundir "uma mensagem de ódio e divisão".
Por sua vez, a chefe da diplomacia australiana, Penny Wong, considerou "injustificada a decisão" de Israel de revogar vistos e comprometeu-se a continuar a trabalhar para promover uma solução de dois Estados, alcançar o cessar-fogo em Gaza e conseguir a libertação dos reféns.
A 11 de agosto, Camberra anunciou que vai reconhecer o Estado da Palestina durante a próxima Assembleia-geral da ONU, em setembro, em Nova Iorque.
Mais de 146 países já reconheceram a Palestina, apesar da ocupação militar israelita do território. Nas últimas semanas, França, Canadá, Malta e Reino Unido comprometeram-se a fazê-lo.
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