Através de um comunicado a Amnistia Internacional (AI), organização de defesa de direitos humanos com sede em Londres, disse que Israel está a destruir de forma sistemática a "saúde, o bem-estar e o tecido social" em Gaza.
O documento da AI tem como base os depoimentos de 19 cidadãos palestinianos de Gaza que se encontram em campos de deslocados.
Dois profissionais de saúde que tratam de crianças subnutridas em Gaza também foram entrevistados pela Amnistia Internacional.
O Exército e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel contactados pela Agência France Presse não forneceram qualquer explicação sobre a acusação da Amnistia Internacional.
Para a organização não-governamental os testemunhos recolhidos "confirmam" que a fome e os casos de doença não são uma consequência das operações militares israelitas em Gaza.
"Trata-se do resultado intencional dos planos e de políticas que Israel elaborou e implementou nos últimos 22 meses (...) calculados para causar a destruição física (das populações). É parte integrante do genocídio em curso contra os palestinianos em Gaza", reiterou a AI.
Em abril, a Amnistia Internacional acusou as autoridades israelitas de cometerem "genocídio" em Gaza.
As alegações foram descritas como "mentiras infundadas" pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.
No dia 12 de agosto, o organismo israelita responsável pelos assuntos civis do Ministério da Defesa nos Territórios Palestinianos Ocupados, comunicou que não detetou "sinais de subnutrição generalizada" no enclave.
A guerra em Gaza foi desencadeada no dia 07 de outubro de 2023 por um ataque do Hamas contra território israelita e que fez 1.200 mortos.
Israel respondeu com uma operação militar de grande escala e que já fez mais de 60 mil mortos, de acordo com o Hamas.
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