Naufrágio em Itália. Há um recém-nascido entre os, pelo menos, 20 mortos

Durante a viagem começou a entrar água num dos barcos, que acabou por virar e afundar. Algumas das pessoas a bordo conseguiram passar para a outra embarcação, mas muitas caíram ao mar. Mesmo assim, o número elevado de pessoas no segundo barco fez com que, também este, acabasse por virar.

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© REUTERS/Yara Nardi/File Photo

Carolina Pereira Soares
13/08/2025 15:56 ‧ há 2 horas por Carolina Pereira Soares

Mundo

Itália

Pelo menos, 20 pessoas morreram após dois barcos virarem na costa italiana, a sul da ilha de Lampedusa esta quarta-feira.

 

A informação é avançada pela agência de notícias Ansa, que diz que já foram recuperadas duas dezenas de corpos de migrantes até ao momento, apesar de as operações de busca ainda estarem a decorrer.

Entre as vítimas registadas, está um recém-nascido, dois homens, duas mulheres e três adolescentes (outros dois rapazes e uma rapariga).

Segundo os sobreviventes, havia entre 90 e 100 pessoas a bordo dos dois barcos, sendo que, pelo menos, 61 já foram resgatadas pelas autoridades e transferidas para um local seguro. O grupo aparenta estar bem de saúde e não há menores desacompanhados entre os sobreviventes.

Os migrantes, que agora, pouco a pouco, começam a relatar o que aconteceu, contam que partiram na terça-feira à noite da Líbia, no norte africano.

A meio do caminho, começou a entrar água num dos barcos, que acabou por virar e afundar. Algumas das pessoas a bordo conseguiram passar para a outra embarcação, mas muitas caíram ao mar.

Mesmo assim, o número elevado de pessoas no segundo barco fez com que, também este, acabasse por virar.

Foi só por volta do meio dia desta quarta-feira que um helicóptero da Guarda das Finanças (uma força militar afeta ao ministério das Finanças da Itália) avistou a segunda embarcação, também esta quase afundada, e acionou o alarme.

Os migrantes encontravam-se a cerca de 22 quilómetros do sul de Lampedusa nesta altura.

Filippo Ungaro, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, citado pela agência, diz que 12 a 17 pessoas continuam desaparecidas. 

E relembra que “houve 675 mortes e desaparecimentos desde o início do ano no Mediterrâneo central”.

A rota utilizada pelos migrantes é considerada uma das mais mortais no mundo inteiro e é comum que os grupos que vêm do norte de África para a Itália o façam em barcos com fugas ou sobrecarregados.

Só este ano, e até esta quarta-feira, o ministério do interior já contabilizou a chegada de mais de 38 mil migrantes à costa italiana.

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