Riade "condena com toda a veemência a decisão das autoridades de ocupação israelitas de ocupar a Faixa de Gaza" e "condena categoricamente a continuação dos crimes de fome, as práticas brutais e a limpeza étnica contra o povo palestiniano irmão", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita na rede social X.
"As ideias e decisões desumanas tomadas pelas autoridades de ocupação israelitas reafirmam que não compreendem a ligação emocional, histórica e legal do povo palestiniano a esta terra, e que o povo palestiniano tem direito a ela, de acordo com o Direito Internacional e os princípios humanitários", sublinhou o Ministério.
Num comunicado, Riade aponta também o dedo à comunidade internacional pela sua passividade e apela ao Conselho de Segurança da Nações Unidas para que adote "posições firmes, dissuasivas e eficazes" para pôr imediatamente termo aos ataques e violações israelitas.
A ofensiva israelita, insistiu a Arábia Saudita, "abala os fundamentos da ordem internacional e da legitimidade internacional, ameaça a paz e a segurança regionais e mundiais e pressagia graves consequências que incitam ao genocídio e às deslocações forçadas".
O gabinete de segurança de Israel aprovou uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.
O plano foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.
Trata-se de uma nova fase da guerra em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 07 de outubro de 2023, que já provocou mais de 61.000 mortos no enclave, além de causar também uma grave crise humanitária em Gaza, com denúncias de mortes de crianças à fome, e a destruição de grande parte das infraestruturas do território palestiniano.
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