Amaglobeli, fundadora de dois meios de comunicação social independentes, foi condenada hoje pela justiça da Geórgia por dar uma bofetada no chefe da polícia da cidade portuária de Batumi durante um protesto da oposição em janeiro passado.
"A liberdade de imprensa e o direito à liberdade de expressão são pilares fundamentais de qualquer sociedade democrática. Os jornalistas devem poder exercer o seu trabalho vital sem medo de serem perseguidos ou sujeitos a restrições indevidas", indicou, num comunicado, um porta-voz da chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas.
A UE acrescentou que as ações das autoridades georgianas, "que atacam e silenciam os meios de comunicação independentes, minam os próprios alicerces da democracia, contradizem as obrigações internacionais da Geórgia e vão contra as aspirações europeias da população georgiana".
Assim, a diplomacia do bloco europeu dos 27 instou as autoridades georgianas a libertarem Amaglobeli, bem como todas as pessoas "detidas injustamente" e a "defenderem e garantirem o direito a um julgamento justo como princípio fundamental da justiça e pilar fundamental da governação democrática".
"A UE apoia o povo georgiano e as suas aspirações europeias e mantém o seu firme compromisso de apoiar a sociedade civil e os meios de comunicação independentes", referiu o texto.
A Geórgia obteve o estatuto de país candidato à adesão ao bloco comunitário em dezembro de 2023, mas após as últimas eleições, nas quais o partido Sonho Georgiano foi proclamado vencedor, o processo de adesão à UE foi suspenso.
No passado dia 15 de julho, Kallas assegurou que a UE estava a ponderar recuar no regime de isenção de vistos com a antiga república soviética, em resposta ao retrocesso democrático vivido no país.
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