Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque convida os países "a reconhecerem os crimes cometidos contra os yazidis como crimes de genocídio", bem como a "reforçar o trabalho conjunto com os governos e organismos internacionais para impedir que crimes semelhantes se repitam no futuro".
Os yazidis são uma comunidade religiosa ancestral e minoritária originária do norte do Iraque que, em 2014, foi brutalmente perseguida pelo grupo extremista Estado Islâmico, que assassinou cerca de 5.000 homens, sequestrou cerca de 7.000 mulheres e crianças, e forçou 300.000 pessoas a fugirem das suas casas na região iraquiana de Sinyar.
Cerca de 3.500 sequestrados foram resgatados, segundo as autoridades, mas o paradeiro dos restantes continua desconhecido.
Manifestando "profunda solidariedade com as vítimas e as suas famílias", o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha a importância de a comunidade internacional reconhecer "estas violações como crimes de genocídio, violência sistemática e escravidão humana".
"No aniversário do genocídio contra a comunidade yazidi e as outras comunidades do nosso querido povo, às mãos das bandas terroristas do Estado Islâmico, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recorda com extrema tristeza e pesar estes crimes brutais contra inocentes", refere-se na nota.
O Estado Islâmico ocupou uma vasta região do norte, leste e centro do Iraque entre 2014 e dezembro de 2017, período durante o qual sequestrou e escravizou milhares de mulheres e raparigas desta minoria étnica e religiosa originária do norte do Iraque.
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