Cairo e Doha disseram que mantêm "intensos esforços no processo de mediação de Gaza", sublinhando que suspender as negociações para realizar consultas antes de retomar o diálogo "é um procedimento normal no contexto destas negociações complexas", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
Na quinta-feira, o enviado especial norte-americano, Steve Witkoff, disse regressar de Doha aos EUA, depois da resposta do movimento islamita palestiniano Hamas.
Para Witkoff, o Hamas "demonstrou claramente" a "falta de vontade" para um acordo.
O responsável norte-americano chegou a propor alternativas para libertar os reféns e "tentar criar um ambiente mais estável para o povo de Gaza", depois de considerar que, "embora os mediadores tenham feito um grande esforço, o Hamas não parece estar coordenado nem a agir de boa-fé".
No comunicado, o Qatar e o Egito pediram para que a comunidade internacional "não se deixar influenciar por fugas de informação disseminadas por certos meios de comunicação que visam minar os esforços de negociação".
Os países pediram ainda que "os meios de comunicação internacionais ajam com responsabilidade e respeitem a ética jornalística, denunciando o sofrimento sem precedentes na Faixa de Gaza, em vez de contribuírem para minar os esforços para acabar com a guerra" no enclave.
Por fim, Doha e Cairo, em colaboração com Washington, reafirmam o compromisso de continuar os esforços para chegar a um acordo abrangente de cessar-fogo em Gaza, onde mais de 59.000 palestinianos foram mortos pela ofensiva israelita desencadeada depois dos ataques do Hamas em Israel, a 07 de outubro de 2023.
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