EUA interrompem negociações para um cessar-fogo em Gaza

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse hoje que Washington vai interromper as conversações para um cessar-fogo em Gaza, depois de a última resposta do Hamas "mostrar uma falta de desejo de alcançar" uma trégua.

President Trump at Swearing-In Ceremony for Jeanine Pirro in Washington

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Lusa
24/07/2025 19:57 ‧ ontem por Lusa

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Gaza

"Embora os mediadores tenham feito um grande esforço, o Hamas não parece estar coordenado ou a agir de boa-fé", disse Witkoff, anunciando o regresso da equipa de negociadores de Doha, Qatar, para consultas.

 

"Vamos agora considerar opções alternativas para trazer os reféns para casa e tentar criar um ambiente mais estável para o povo de Gaza", adiantou.

Witkoff disse ainda que é "uma pena que o Hamas tenha agido desta forma egoísta" e que os Estados Unidos (EUA) estão "determinados" em procurar soluções para pôr fim ao conflito em Gaza.

Já o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que o grupo extremista palestiniano Hamas não deve encarar a intenção de Israel de querer alcançar um cessar-fogo como um sinal de "fraqueza", depois do gabinete governamental ter anunciado também o regresso do Qatar dos negociadores de Telavive.

"Estamos a agir no sentido de obter um novo acordo para libertar os nossos reféns. Mas se o Hamas encarar a nossa intenção de o conseguir como uma fraqueza, como uma oportunidade para nos impor condições de rendição que ponham em perigo o Estado de Israel, está tristemente enganado", afirmou Netanyahu durante uma cerimónia em Jerusalém.

As conversações foram retomadas há várias semanas, com o objetivo de alcançar um novo cessar-fogo em Gaza, após o exército israelita ter rompido, a 18 de março, o acordo de tréguas estabelecido em janeiro com o grupo islamista e retomado a ofensiva militar.

No entanto, as negociações arrastam-se sem qualquer avanço, com cada lado a acusar o outro de se recusar a ceder em exigências importantes.

O Hamas diz que só libertará todos os reféns em troca de uma retirada total de Israel e do fim da guerra, enquanto Telavive diz que não aceitará pôr fim à guerra enquanto o Hamas não abandonar o poder e não se desarmar - uma condição que o grupo extremista rejeita.

Num novo balanço do conflito, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou hoje que registou 59.587 mortos e 143.498 feridos.

Nessa contagem incluem-se pelo menos 115 mortos por fome ou desnutrição desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou, na quarta-feira, para o aumento de mortes de crianças por subnutrição.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Leia Também: Marques Mendes diz que "silêncio do Ocidente" sobre Gaza é "inaceitável"

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