A moção aprovada na quarta-feira pelo parlamento israelita (Knesset) - que não é vinculativa e não tem qualquer efeito jurídico real na Cisjordânia - foi aprovada com 71 votos a favor, 13 contra e 84 abstenções.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol defendeu que a moção do parlamento israelita ignora os princípios e disposições fundamentais do direito internacional e é contrária ao parecer consultivo de 19 de julho de 2024 do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que determinou que a ocupação da Palestina é ilegal, de acordo com um comunicado.
Na sequência dessa decisão, o TIJ pediu a Israel para desmantelar todos os colonatos e o muro de separação construído em território ocupado.
"A moção [de quarta-feira] fragiliza ainda os fundamentos para a implementação de uma solução de dois Estados que garanta os direitos do povo palestiniano, a paz na região e a segurança de Israel, ao ignorar os compromissos assumidos por Israel e pela Palestina desde a Conferência de Madrid e o Processo de Oslo", acrescentou o ministério, na mesma nota.
A diplomacia espanhola "reitera a condenação à expansão dos colonatos, que são ilegais segundo o direito internacional, e a qualquer ação que vise impedir uma resolução pacífica do conflito".
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