"Estamos profundamente preocupados com os acontecimentos atuais e esperamos que as duas partes resolvam a questão através do diálogo", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, numa conferência de imprensa em Pequim.
Guo assegurou que a China mantém uma posição "justa e equitativa" e está comprometida em "continuar a promover a paz e o diálogo à sua maneira".
O porta-voz sublinhou ainda que tanto a Tailândia como o Camboja são "vizinhos amistosos da China" e "membros importantes da ASEAN", organização regional que Pequim tem procurado fortalecer como plataforma-chave para a diplomacia no sudeste asiático.
O apelo de Pequim ocorre após a confirmação por parte das autoridades tailandesas de ataques aéreos contra posições militares cambojanas, na sequência de um tiroteio entre forças dos dois países na província tailandesa de Surin. Camboja e Tailândia responsabilizam-se mutuamente pelo início do confronto.
O Governo cambojano denunciou uma "agressão militar brutal", enquanto Banguecoque acusou Phnom Penh de provocar a escaramuça.
As tensões entre os dois países têm vindo a agravar-se nas últimas semanas, devido a incidentes anteriores na zona fronteiriça e a uma disputa territorial de longa data que o Camboja submeteu ao Tribunal Internacional de Justiça.
A China evitou tomar partido, mas reiterou a necessidade de preservar a estabilidade regional através de mecanismos de diálogo e cooperação multilateral.
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