"Precisamos de iniciar esta caminhada e 10% para toda a União Europeia já é um ponto de partida, porque a situação é muito diferente de país para país", afirmou a comissária responsável pela pasta do Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva, que foi hoje ouvida no parlamento nacional, na Comissão de Ambiente e Energia e Comissão de Assuntos Europeus.
A Comissão Europeia apresentou, no início de junho, a Estratégia Europeia para a Resiliência da Água, um novo modelo de gestão que visa reforçar a segurança hídrica na União Europeia (UE) e garantir o acesso a água limpa e segura.
Uma das metas é aumentar dos atuais 1% para pelo menos 10% a eficiência do uso da água na UE até 2030, bem como investir na redução dos 30% de perdas de água em toda a Europa, nomeadamente pelo investimento na infraestrutura de transporte e distribuição, havendo financiamento de 15 mil milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI), para 2025-2027, para projetos que melhorem o acesso à água, o controlo da poluição, a resiliência e a competitividade do setor da água da EU.
"Um dos fatores muito importantes é a simplificação, estamos a trabalhar arduamente com vários comissários, e isto não significa desregulação", realçou Jessika Roswall, admitindo que "existem desafios na Europa", por exemplo, no que diz respeito ao licenciamento, que "demora muito tempo".
A responsável apontou ainda a necessidade de definir uma metodologia para medir a eficiência hídrica, uma discussão que vai iniciar com os Estados-membros.
"Não há nenhuma solução rápida, infelizmente, esta estratégia é o inicio de uma jornada que temos de percorrer em conjunto, temos muita legislação mas temos muitos desafios em relação à sua aplicação, que variam de Estado-membro me Estado-membro", referiu, salientando a necessidade de partilha das melhores práticas a nível europeu.
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