Chefe do exército israelita prepara-se para "campanha ampla e abrangente"

O chefe do exército israelita, Eyal Zamir, afirmou hoje que as forças armadas de Israel devem estar preparadas para uma "campanha ampla e abrangente" face a uma situação "complexa e desafiadora" no Médio Oriente.

primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu,

© EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
22/07/2025 15:25 ‧ há 4 dias por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

No meio de uma ofensiva na Faixa de Gaza e de múltiplos ataques israelitas contra vários países da região, Eyal Zamir sublinhou que "é necessário que as Forças de Defesa de Israel (IDF) atuem na ofensiva em vários teatros, juntamente com a defesa essencial nesses teatros e nas fronteiras".

 

"Continuaremos a manter a superioridade aérea e os esforços ao nível dos serviços de informações", afirmou durante uma análise da situação na região, a primeira em quase dois anos, incluindo o Irão e a Faixa de Gaza.

Eyal Zamir destacou que "a campanha em Gaza é uma das mais complexas que as IDF conhecem até à data", acrescentando que o exército "alcançou grandes êxitos".

"Vamos continuar a trabalhar até atingirmos os nossos objetivos: o regresso dos raptados (durante os ataques de 07 de outubro de 2023) e derrubar o Hamas", referiu.

O chefe das forças armadas insistiu que as tropas israelitas "continuarão a enfraquecer e a impedir as capacidades estratégicas da Síria e (da milícia xiita libanesa) do Hezbollah, preservando a liberdade de ação".

"Continuamos a atuar na Judeia e na Samaria - o nome bíblico da Cisjordânia - e continuamos a combater o terrorismo de forma consistente e contínua", acrescentou.

Campanha contra o Irão e o seu eixo "ainda não terminou"

Em relação ao Irão, Eyal Zamir vincou que "a campanha ainda não terminou", mesmo após o cessar-fogo em vigor desde 24 de junho, na sequência de um conflito de 12 dias.

"O Irão e o seu eixo continuam sob o nosso olhar", afirmou.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel atacou também a Síria no passado dia 16 de julho, com bombardeamentos em Damasco e na cidade de Sweida, no sul do país, onde conflitos entre minorias étnicas e tropas governamentais causaram mais de 1.000 mortos.

Telavive afirmou ter atacado as forças do regime sírio em defesa dos drusos, uma das minorias envolvidas nos conflitos e que tem presença no território israelita. Em Israel, aproximadamente 153.000 drusos são cidadãos israelitas, vivendo sobretudo no norte.

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Lusa | 21:52 - 17/07/2025

As forças armadas israelitas também têm efetuado operações militares e bombardeamentos no Líbano contra o Hezbollah. 

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