Síria. Identificados 298 suspeitos de massacres contra minoria étnica

Uma comissão nacional de investigação na Síria identificou hoje 298 suspeitos que alegadamente participaram nos massacres de março de 2024 contra uma minoria étnica e que resultaram em 1.426 mortos.

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© RAMI AL SAYED/AFP via Getty Images

Lusa
22/07/2025 14:42 ‧ há 6 dias por Lusa

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"A comissão identificou 298 pessoas implicadas na violência", declarou o seu porta-voz, Yasser al-Farhan, numa conferência de imprensa em Damasco.

 

A comissão constatou igualmente "graves violações contra civis nos dias 7, 8 e 9 de março, incluindo homicídios, homicídios premeditados, pilhagens, destruição e incêndio de casas, tortura e insultos sectários".

Verificou ainda "os nomes de 1.426 pessoas mortas, incluindo 90 mulheres, na sua maioria civis" da comunidade alauita (um grupo étnico-religioso localizado principalmente na Síria, onde são cerca de 3 milhões).

Damasco acusou os apoiantes armados do ex-presidente Bashar al-Assad de terem desencadeado a violência ao atacarem as novas forças de segurança, que lançaram uma contraofensiva.

De acordo com a comissão, 238 membros das forças de segurança e do exército foram mortos durante a violência.

As autoridades enviaram então reforços para a região.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), estas forças, apoiadas por grupos paramilitares, cometeram massacres e "execuções sumárias", matando cerca de 1700 civis, na sua maioria da minoria alauíta.

A organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos e ativistas divulgaram vídeos de execuções de pessoas desarmadas e trajadas à civil.

As autoridades acusaram os grupos armados pró-Assad de alimentarem a violência na costa, efetuando ataques sangrentos contra as suas forças.

Os alauitas são uma minoria étnica e religiosa que é uma ramificação do islamismo xiita à qual pertencia o ex-presidente deposto, Bashar al-Assad.

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