Segundo o OSDH, foram mortos 64 combatentes drusos e 28 civis drusos, "21 destes executados sumariamente" por membros das forças governamentais.
Além disso, 138 membros das forças de segurança e 18 combatentes beduínos que entraram em Sweida foram mortos, segundo a organização não-governamental (ONG).
Segundo um levantamento anterior do OSDH, realizado na terça-feira, 203 pessoas já haviam morrido nestes confrontos no sul da Síria.
A ONG afirmou que esta manhã foram relatados bombardeamentos intermitentes. Dois jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP) na cidade ouviram tiros, enquanto se observava fumo a subir de alguns bairros.
As forças do Governo sírio e os seus aliados foram enviados na terça-feira para a cidade, anteriormente controlada por combatentes drusos locais. A ONG, testemunhas e grupos drusos acusaram as forças de segurança de inúmeros abusos.
Um jornalista da AFP viu cerca de 30 corpos caídos no chão, alguns de forças governamentais e outros combatentes civis, mas não conseguiu identificar as suas identidades. Outro repórter observou forças governamentais a disparar projéteis de uma das suas posições.
O portal local Suwayda 24 reportou "um bombardeamento pesado de artilharia e morteiros" na cidade e nos seus arredores desde o amanhecer. As forças governamentais anunciaram um cessar-fogo na terça-feira, que não foi respeitado.
O Ministério da Defesa sírio afirmou que "os grupos rebeldes retomaram os ataques ao exército e às forças de segurança internas na cidade" após a declaração do cessar-fogo.
"O exército continua a responder aos focos de fogo na cidade", acrescentou o Ministério, citado pela agência de notícias oficial SANA, pedindo aos residentes que permaneçam em casa.
As tensões entre as comunidades drusa e beduína são de longa data e a violência entre os dois grupos tem lugar esporadicamente.
Após a queda do Presidente sírio Bashar al-Assad, em dezembro, surgiram preocupações quanto ao destino das minorias étnicas no país sob o novo Governo de transição sírio, liderado por Ahmad al-Charaa, um antigo líder rebelde islamita.
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