Von der Leyen anuncia novo fundo para reconstrução da Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje em Roma a criação de um fundo europeu que utilizará dinheiros públicos para atrair investimentos privados para a reconstrução da Ucrânia, esperando mobilizar 500 milhões de euros até 2026.

Ursula von der Leyen, Comissão Europeia,

© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
10/07/2025 12:22 ‧ há 7 horas por Lusa

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UE

 "Este fundo irá impulsionar o investimento nos setores da energia, dos transportes, das matérias-primas essenciais e das indústrias de dupla utilização", anunciou a presidente do executivo comunitário na sua intervenção de abertura na IV Conferência sobre a Reconstrução da Ucrânia, que decorre entre hoje e sexta-feira em Roma.

 

Sublinhando que o objetivo é "mobilizar fundos públicos para atrair investimentos em grande escala do setor privado e ajudar a reconstruir o país", Von der Leyen manifestou-se "particularmente satisfeita" por este projeto contar com o envolvimento de Itália, Alemanha, França, Polónia e do Banco Europeu de Investimento (BEI).

"E espero que outros queiram juntar-se a nós. O povo da Ucrânia está pronto a conduzir a economia do seu país para o futuro. O momento de investir é agora", disse.

Com um capital inicial de 220 milhões de euros, o Fundo Europeu de Iniciativa Especial para a Reconstrução da Ucrânia tem por objetivo mobilizar 500 milhões de euros até 2026, estando prevista uma nova angariação de fundos à medida que as condições de segurança melhorarem, especificou a Comissão Europeia em comunicado entretanto divulgado.

"O fundo emblemático promoverá o desenvolvimento de um ecossistema de capitais privados na Ucrânia, atraindo novos capitais e maximizando as sinergias com os atuais intervenientes no mercado", assinalou a Comissão Europeia.

"A nossa determinação é inabalável, o nosso apoio é inabalável. Porque estaremos sempre ao lado da Ucrânia, durante o tempo que for necessário. Agora, mais do que nunca, a Ucrânia pode contar com a Europa. A nossa solidariedade mantém-se em todas as frentes - militar, financeira e política", disse a presidente da Comissão na sua intervenção.

Recordando que, "desde a invasão em grande escala" por parte da Rússia, em fevereiro de 2022, "a Europa tem sido e é o maior doador da Ucrânia, com quase 165 mil milhões de euros de apoio", Von der Leyen apontou que, só este ano, a UE cobrirá "84% do financiamento externo necessário".

"Como parte deste apoio, posso anunciar o pagamento de mil milhões de euros em apoio macrofinanceiro, bem como um pagamento de mais de 3 mil milhões de euros do Mecanismo de Apoio à Ucrânia", disse.

Von der Leyen anunciou também que, durante a conferência de Roma, deverá ser formalizado um novo pacote de acordos no valor de 2,3 mil milhões de euros com instituições financeiras públicas internacionais e bilaterais para apoiar os esforços de recuperação e reconstrução da Ucrânia, no âmbito do Quadro de Investimento para a Ucrânia, que inclui 1,8 mil milhões de euros em garantias de empréstimo e 580 milhões de euros em subvenções.

"As garantias e subvenções que estamos a assinar nesta Conferência deverão desbloquear mais de 10 mil milhões de euros em investimentos para o crescimento, a recuperação e a reconstrução. E asseguraremos que a Ucrânia seja apoiada até 2028 e mais além, quando o novo orçamento europeu entrar em vigor", afirmou.

Na abertura da conferência, a anfitriã, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni -- que copreside aos trabalhos juntamente com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky -, já anunciara que os compromissos de ajuda a assumir nesta conferência de Roma deverão superar os 10 mil milhões de euros.

Roma acolhe entre hoje e sexta-feira a IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, uma reunião dedicada à reconstrução a longo prazo do país, quando o fim da guerra parece ainda distante, face à intensificação dos ataques russos, que levou hoje Zelensky a apelar também a uma "aceleração" da ajuda dos aliados de Kiev e imposição de sanções a Moscovo.

Leia Também: Von der Leyen sobrevive: Moção de censura à Comissão Europeia rejeitada

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