O juiz do tribunal distrital central de Seul Nam Se-jin emitiu o mandado - por receio que o ex-dirigente pudesse destruir provas -, colocando-o em detenção pela segunda vez, de acordo com a Yonhap.
Yoon foi o primeiro chefe de Estado sul-coreano em exercício a ser detido, em janeiro, antes de ser libertado devido à anulação do mandado de prisão por um outro tribunal.
O antigo governante foi formalmente destituído em abril, devido a ter imposto, a 03 de dezembro, a lei marcial, assim como enviado o exército para o parlamento.
Yoon Suk-yeol e os advogados compareceram na quarta-feira numa audiência, tendo rejeitado todas as acusações, antes de o ex-dirigente ser levado para o Centro de Detenção de Seul, localizado em Uiwang, a sul da capital, para aguardar a decisão do tribunal, informou ainda a Yonhap.
Após a emissão do mandado de prisão, Yoon, de 64 anos, foi colocado numa cela de isolamento da instituição, onde pode ficar detido até 20 dias enquanto os procuradores se preparam para o acusar formalmente.
"Se o senhor Yoon for acusado, poderá permanecer detido até seis meses após a acusação", disse à agência de notícias France-Presse o presidente da associação Lawyers for a Democratic Society, Yun Bok-nam.
"Teoricamente, é possível uma libertação imediata, mas, neste caso, o procurador especial argumenta que o risco de destruição de provas continua a ser elevado e que as acusações já estão solidamente fundamentadas", disse o advogado.
Durante a audiência de quarta-feira, o ex-presidente afirmou estar a lutar sozinho, de acordo com a imprensa local. "O procurador especial agora está a atacar até os meus advogados", declarou.
"Um após o outro, eles estão a desistir, e pode ser que em breve eu tenha que lutar sozinho", disse.
Yoon foi destituído pelos deputados a 14 de dezembro e indiciado em 26 de janeiro, sendo acusado de arquitetar uma tentativa de rebelião. As acusações são puníveis com pena de morte ou prisão perpétua.
O ex-presidente também enfrenta acusações de impor a lei marcial sem seguir o procedimento legal exigido e de mobilizar ilegalmente as forças de segurança presidencial, para bloquear uma tentativa inicial das autoridades de o deter, no início de janeiro.
O rival liberal e atual Presidente, Lee Jae-myung, que venceu as eleições antecipadas de junho para o substituir, aprovou, no mês passado, uma legislação para levar a cabo investigações especiais à declaração de lei marcial e outras alegações criminais que envolvem a mulher e a administração de Yoon.
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