Ex-primeira-ministra do Bangladesh condenada a seis meses de prisão

Sheikh Hasina, que governou o Bangladesh de 2009 a 2024, foi processada após a publicação nas redes sociais de uma das suas conversas com o líder do seu partido, a Liga Awami, Shakil Akanda Bulbul, que rapidamente se tornou viral.

Bangladeshi Prime Minister Sheikh Hasina visits New Delhi

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Lusa
02/07/2025 11:44 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Bangladesh

Um tribunal do Bangladesh condenou hoje a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina a seis meses de prisão por injúria, na sua primeira condenação desde que fugiu para a Índia em agosto.

 

Sheikh Hasina, que governou o Bangladesh de 2009 a 2024, foi processada após a publicação nas redes sociais de uma das suas conversas com o líder do seu partido, a Liga Awami, Shakil Akanda Bulbul, que rapidamente se tornou viral.

Na conversa, Hasina afirmou ter recebido autorização para matar 227 pessoas, referindo-se ao número de queixas apresentadas contra si nos tribunais do Bangladesh após a repressão de manifestações contra o seu Governo no verão passado.

"A acusação acredita que os seus comentários tiveram o efeito de assustar aqueles que apresentaram as queixas e muitas testemunhas", explicou o procurador Muhammad Tajul Islam após o julgamento.

"Ela cumprirá a sua pena assim que estiver presente no Bangladesh ou se entregar à justiça", disse Islam à imprensa.

O tribunal condenou Bulbul, atualmente em fuga, a dois meses de prisão.

A ex-chefe de Governo bengali, conhecida como a "dama de ferro", fugiu para a Índia em 05 de agosto de 2024 após várias semanas de protestos.

A revolta popular, também conhecida por "Revolução de Julho", ocorreu entre julho e agosto de 2024 e foi desencadeada por protestos de estudantes contra quotas de emprego discriminatórias. O movimento intensificou-se na sequência de relatos de uma dura repressão governamental. Segundo a ONU, pelo menos 1.400 manifestantes morreram nos confrontos com as forças de segurança.

Os tribunais do Bangladesh emitiram vários mandados de detenção para Sheikh Hasina, que está a ser processada por inúmeros crimes no seu país.

Até ao momento, a Índia recusou-se a executar estes mandatos de detenção e não responde aos pedidos de extradição de Hasina solicitados pelas autoridades bengali.

Leia Também: Ex-primeira-ministra declara-se inocente em caso de repressão de 'manifs'

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