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Órban diz que Marcha do Orgulho Gay em Budapeste foi "uma vergonha" 

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.

Órban diz que Marcha do Orgulho Gay em Budapeste foi "uma vergonha" 

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

Lusa
30/06/2025 17:41 ‧ há 3 meses por Lusa

"Eu sou daqueles que não consideram o que aconteceu como motivo de orgulho. [...] Eu digo que é uma vergonha", afirmou Orbán, de acordo com trechos publicados na rede social Facebook de uma entrevista televisiva a transmitir esta noite.

 

Liderada pelo presidente da câmara ecologista da capital, uma multidão imensa desfilou este fim de semana num ambiente festivo, desafiando um retrocesso sem precedentes dos direitos LGBT+ na UE.

Os organizadores estimaram em cerca de 200.000 o número de participantes, uma mobilização sem precedentes desde a criação do Orgulho Gay húngaro nos anos de 1990.

O Governo acusou a oposição de, "por ordem de Bruxelas", "incitar à violação das leis de que não gosta, de zombar da soberania da Hungria e, com o apoio do estrangeiro, de tentar impor a cultura 'woke' [de atenção e consciencialização sobre desigualdades sociais e raciais]" .

No poder desde 2010, Viktor Orbán, defensor do "iliberalismo", não parou de restringir os direitos das pessoas LGBT+ em nome da "proteção das crianças" e deu um passo decisivo este ano ao aprovar uma nova legislação, que suscitou preocupação em Bruxelas e entre os Estados-membros da UE.

O texto, aprovado em meados de março, visa proibir qualquer manifestação que exponha menores à homossexualidade e à transidentidade.

Além disso, o Parlamento alterou a Constituição para proclamar "a primazia do direito das crianças a um desenvolvimento físico, mental e moral correto sobre qualquer outro direito".

Várias câmaras de vigilância foram instaladas antes da marcha e o reconhecimento facial pode permitir às autoridades aplicar multas de até 500 euros, enquanto organizar ou convocar a participação na marcha é punível com um ano de prisão.

A polícia de Budapeste, a quem a câmara municipal agradeceu por ter supervisionado a marcha, "está atualmente a investigar os acontecimentos", de acordo com uma declaração enviada à agência de notícias France-Presse.

Na passada sexta-feira, Orbán descartou qualquer intervenção das forças da ordem, ao mesmo tempo que ameaçou gays, lésbicas, transgéneros e todos os outros participantes com consequências legais "a posteriori".

Leia Também: Orbán alega que Marcha do Orgulho foi ordenada desde Bruxelas

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