Orbán alega que Marcha do Orgulho foi ordenada desde Bruxelas

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse hoje que a Marcha do Orgulho em Budapeste, que atraiu no sábado cerca de 200 mil pessoas, apesar de proibida, foi ordenada desde Bruxelas, e teve acontecimentos "repugnantes e vergonhosos".

Cerca de 200 mil pessoas desfilaram na Marcha do Orgulho em Budapeste

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Lusa
29/06/2025 12:49 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Hungria

Numa mensagem num grupo fechado do Facebook, o nacionalista Viktor Orbán exemplificou que a marcha teve acontecimentos "repugnantes e vergonhosos, como espetáculo de 'drag queens' em palco, homens de saltos altos, panfletos sobre terapia hormonal", divulgou a agência de notícias espanhola Efe, citando o 'site' de notícias 444.hu.

 

Este ano, o Governo de Orbán aprovou um conjunto de reformas legais para proibir a Marcha do Orgulho, um veto que foi contornado pelo presidente da Câmara de Budapeste, o ecologista Gergely Karácsony, que convocou uma marcha alternativa como evento municipal, este sem necessidade de requerer autorização prévia.

As alterações legais justificaram a proibição da marcha, argumentando que coloca em risco o desenvolvimento adequado de menores de idade.

Críticos internos e externos denunciaram que, além de representarem novas medidas contra a comunidade LGBTI (lésbica, gay, bissexual, trans e intersexo) por parte do executivo húngaro, também restringem direitos fundamentais, como a liberdade de reunião.

Antes da realização da marcha, as autoridades avisaram que estava proibida e o próprio primeiro-ministro alertou que aqueles que participassem enfrentariam consequências legais, incluindo multas até 500 euros.

Apesar da proibição, cerca de 200 mil pessoas, segundo os organizadores, juntaram-se à marcha, num ambiente pacífico e sem grandes incidentes.

A imprensa local realçou que esta se tornou numa das manifestações pelos direitos humanos mais importantes da história recente da Hungria.

Embora as autoridades tenham proibido a Marcha do Orgulho, autorizaram duas contramanifestações de grupos de extrema-direita. Estas, contudo, não mobilizaram mais do que 50 pessoas no total, segundo relatos da mesma imprensa local.

Dezenas de políticos e eurodeputados europeus juntaram-se no sábado à marcha e manifestaram a sua solidariedade para com a comunidade LGBTI da Hungria.

Na sexta-feira, a Lusa noticiou que a comissária europeia para a Igualdade, Hadja Lahbib, e pelo menos 70 eurodeputados, incluindo portugueses, iriam participar na Marcha do Orgulho de Budapeste.

Leia Também: Orbán tentou, mas "amor não é banido". Budapeste marchou pela "liberdade"

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