Num comunicado, a autoridade policial informou que a operação responde ao agravamento dos eventos climáticos extremos e ao aumento expressivo dos crimes ambientais nos últimos anos.
O plano prevê a instalação de bases avançadas em pontos críticos, a mobilização de equipas especializadas e dedicadas, o uso intensivo de tecnologia e 'geointeligência', além da atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública e forças de segurança estaduais.
O objetivo é ampliar a capacidade de resposta da Polícia Federal e garantir a responsabilização criminal de quem comete crimes ambientais.
De acordo com a autoridade policial brasileira, 138 investigações relacionadas com incêndios florestais ilegais foram iniciadas no ano passado, um aumento significativo em comparação com as 46 investigações abertas em 2023.
As ações contra suspeitos de crimes ambientais resultaram em 29 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas, 16 detenções em flagrante e ordens judiciais de arresto de bens que ultrapassam os 400 milhões de reais (61,8 milhões de euros) em 2024.
A Polícia Federal brasileira também informou que, este ano, já foram instauradas 42 investigações sobre incêndios ilegais.
Um estudo com imagens de satélite realizado pela plataforma Mapbiomas, divulgado na terça-feira, revelou que a Amazónia brasileira registou a maior área queimada dos últimos 40 anos em 2024, com mais de 15,6 milhões de hectares de vegetação consumidos pelo fogo.
A área destruída no bioma foi 117% maior que a média histórica e representou 52% do total de área queimada no país, consolidando a Amazónia como o epicentro dos incêndios no Brasil.
No entanto, em termos de área proporcional por biomas, o Pantanal brasileiro foi o mais afetado pelo fogo, com 62% da sua área queimada nas últimas quatro décadas.
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