Num comunicado emitido na terça-feira, o MPF relatou que, além das prisões, foi cumprido, na sexta-feira, um mandado de busca e apreensão num endereço ligado ao grupo criminoso investigado.
Uma cidadã brasileira investigada por envolvimento no esquema teve o passaporte apreendido, está proibida de deixar o país e deve comparecer junto de um órgão judicial periodicamente. Também foi determinada a quebra do sigilo dos dados telemáticos de computadores, telemóveis e outros dispositivos apreendidos.
Os dois chineses e a brasileira são suspeitos de recrutar, garantir o transporte e intermediar a entrega de vítimas, submetidas a condições degradantes e incompatíveis com os padrões mínimos de dignidade, saúde e segurança.
O MPF relatou que o esquema envolvia o uso de cartões de crédito fraudulentos para compra de passagens e operava através de uma rede criminosa transnacional.
A investigação relata o aliciamento e tráfico de uma brasileira levada para o complexo KK Park, em Myanmar, após ser convencida a viajar para a Tailândia sob falsas promessas de emprego, em março passado.
De acordo com as autoridades locais, a vítima foi mantida em cárcere privado e submetida a exploração. O MPF apontou que outras mulheres brasileiras podem ter sido traficadas pelo mesmo grupo.
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