"Condeno veementemente a violência que teve lugar em Ballymena e noutros locais da Irlanda do Norte, em particular contra agentes da polícia", afirmou o líder do governo trabalhista no Parlamento, criticando os "ataques sem sentido" que deixaram 17 polícias feridos em duas noites de motins.
Segundo as forças de segurança, os confrontos começaram após uma manifestação convocada na localidade de Ballymena em resposta a uma alegada agressão sexual. Várias pessoas encapuzadas afastaram-se do protesto pacífico, erigiram barricadas e atacaram habitações e estabelecimentos.
Os agressores atacaram ainda os agentes da polícia com engenhos incendiários e pedras, provocando ferimentos a vários elementos das forças de segurança.
Relativamente ao caso na origem dos confrontos, os dois adolescentes compareceram na segunda-feira perante um tribunal em Coleraine, acompanhados por um intérprete de romeno, tendo o Ministério Público apresentado acusações por tentativa de violação.
A ministra da Justiça e da Administração Interna da Irlanda do Norte, Naomi Long, declarou-se, na terça-feira, "horrorizada" com os ataques perpetrados contra a polícia, estabelecimentos comerciais e "residentes aterrorizados".
A governante, que lidera o Partido da Aliança, de cariz multiconfessional, apelou aos políticos locais e líderes comunitários para que condenem os distúrbios e usem a sua influência a fim de "evitar novos episódios de desordem ou violência".
"Os ataques a residências e a agentes da polícia não têm outro propósito senão causar danos às comunidades e agravar as tensões", frisou Long, membro do Governo de Belfast, composto por nacionalistas e unionistas.
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