"Temos assistido nos últimos anos, no nosso país, ao avanço da desertificação e seca, em algumas regiões, e calamidades, com chuvas torrenciais, em outras, que afetaram populações, forçando o desalojamento de 48 mil famílias, o que motivou a aprovação de um programa de emergência do Governo", disse o Vice-Presidente angolano na intervenção nesta cimeira, na terça-feira, e divulgada hoje pela imprensa angolana.
Na intervenção, Manuel Vicente recordou que Angola já aprovou um programa nacional de ação para adaptação às alterações climáticas, cuja implementação está a cargo de um comité multidisciplinar que coordena ainda as políticas sobre esta matéria com as estratégias de desenvolvimento setorial.
"Estamos em crer que precisamos de ser compensados com financiamentos bilaterais e multilaterais para melhorarmos os nossos resultados e as projeções do desenvolvimento", enfatizou.
A proteção da floresta tropical do país e o financiamento internacional a esforços de preservação dos ecossistemas, num cenário de fenómenos extremos sentidos igualmente em Angola, foram preocupações transmitidas por Manuel Vicente, em representação do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, na intervenção nesta cimeira.
Em Nova Iorque, o vice-Presidente de Angola vai ainda participar na 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, devendo discursar perante a assembleia na próximo segunda-feira.
Esta deslocação oficial surge na reta final da candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2015/2016, a eleger durante esta Assembleia-Geral.