"Chocado com este terrível ataque terrorista antissemita contra judeus em Boulder, Colorado", Estados Unidos, escreveu Gideon Saar na rede social X.
"Isto antissemitismo em estado puro, alimentado por acusações [contra os judeus] de assassínio rituais, propagadas pelos media", escreveu.
Um homem com um lança-chamas de fabrico caseiro, a gritar "libertem a Palestina", ateou fogo a um grupo de pessoas que se tinha reunido para chamar a atenção para os reféns israelitas em Gaza, ferindo e queimando oito pessoas, com idades compreendidas entre os 67 e os 88 anos, de acordo com as autoridades policiais norte-americanas no domingo.
O suspeito, mais tarde identificado como sendo Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, foi levado para a cadeia do condado de Boulder, a norte de Denver, e deverá ser acusado do ataque, que o FBI está a investigar como um ato terrorista.
A explosão de violência num centro comercial pedestre de Pearl Street, uma área de quatro quarteirões no centro de Boulder, teve como pano de fundo uma guerra entre Israel e o Hamas, que continua a inflamar as tensões globais e contribuiu para um aumento da violência antissemita nos Estados Unidos.
O ataque ocorreu no início da festa judaica de Shavuot, que é assinalada com a leitura da Torá, e apenas uma semana depois de outro homem, que também gritava "Libertem a Palestina", ter sido acusado de atingir mortalmente dois funcionários da embaixada israelita no exterior de um museu judaico em Washington.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, emitiu hoje uma declaração dizendo que ele, a sua mulher e toda a nação de Israel estão a rezar pela recuperação total das pessoas feridas no "cruel ataque terrorista" no Colorado.
"Este ataque foi dirigido contra pessoas pacíficas que desejavam expressar a sua solidariedade para com os reféns detidos pelo Hamas, simplesmente porque eram judeus", afirmou Netanyahu.
As autoridades norte-americanas apresentarão nos próximos dias queixa contra Soliman, garantiu o procurador distrital de Boulder, Michael Dougherty, que recusou avançar pormenores sobre os crimes específicos de que será acusado.
"Existem várias opções... Mas, o mais importante neste momento é que estamos totalmente unidos para garantir que ele seja responsabilizado", disse apenas.
Poucos minutos após a notícia do ataque, o diretor do FBI, Kash Patel, emitiu um alerta, classificando-o como "um ato deliberado de terrorismo".
As autoridades responderam a chamadas de emergência na zona de Pearl Street, em Boulder, uma cidade universitária a oeste de Denver, por volta das 13:00 horas locais (19:00 TMG) de domingo.
Vários políticos, incluindo o governador democrata do Colorado, Jared Polis, classificaram o ataque como um ato de ódio.
"Os meus pensamentos estão com as pessoas que foram feridas e afetadas por este ato hediondo de terrorismo", afirmou Polis, numa publicação na rede social X. "Atos de ódio, de qualquer tipo, são inaceitáveis", disse ainda.
Hakeem Jeffries, líder dos Democratas na Câmara dos Representantes, classificou o ataque de "antissemita", sublinhando que "o antissemitismo não tem lugar nos Estados Unidos ou em qualquer parte do mundo. Tem de ser erradicado", afirmou num comunicado.
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