Pelo menos três depósitos de combustível e lubrificantes foram atingidos na base aérea russa de Engels, na região de Saratov, disse o Estado-Maior ucraniano num comunicado, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Alegou ter também atingido a base aérea de Dyagilevo, na região de Ryazan.
As duas regiões situam-se a sudeste de Moscovo, Ryazan a pouco mais de 184 quilómetros e Saratov a cerca de 725 quilómetros, em linha reta.
O exército atribuiu a operação contra a base aérea de Engels, usada pela Rússia para atacar território ucraniano, ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).
A base de Dyagilevo alberga aviões que asseguram a escolta e o reabastecimento de outros aviões militares russos, segundo a mesma fonte, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
Serve também de local de descolagem para bombardeiros russos.
Foram ainda atingidos outros alvos militares, incluindo um ponto de logística de duas divisões motorizadas do exército russo na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, acrescentou o exército.
As autoridades russas disseram que a defesa aérea abateu hoje de manhã 174 'drones' ucranianos em várias regiões do país.
Numa operação com o nome "Spider's Web" ("Teia de Aranha"), 'drones' ucranianos lançados a partir de contentores dentro da Rússia atacaram em 01 de junho cinco aeródromos militares, dois dos quais na Sibéria.
A Ucrânia reclamou a destruição de um terço dos aviões militares da Rússia que integram um dos três elementos da estratégia nuclear de Moscovo, juntamente com os submarinos atómicos e os mísseis intercontinentais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, falou na quarta-feira ao telefone com o homólogo russo e disse que Vladimir Putin lhe comunicou que a Rússia iria responder aos ataques de 01 de junho.
Durante a noite de hoje, a Rússia bombardeou maciçamente a Ucrânia com 'drones' e mísseis balísticos, matando pelo menos três pessoas na capital Kiev.
O Ministério da Defesa russo disse tratar-se de uma resposta aos recentes ataques de Kiev em território russo, incluindo em bases aéreas.
"Em resposta aos atos terroristas cometidos pelo regime de Kyiv, as forças armadas russas lançaram um ataque maciço durante a noite, utilizando armas aéreas, marítimas e terrestres de alta precisão e de longo alcance, bem como 'drones' de ataque", afirmou.
À semelhança de ataques anteriores, o ministério russo disse que apenas visou alvos militares.
A força aérea ucraniana disse que o país foi atacado por 407 'drones' de ataque e 'drones' de engodo destinados a saturar as defesas antiaéreas, bem como por 45 mísseis russos.
As defesas ucranianas neutralizaram 199 'drones' e 36 mísseis, disse a força aérea, segundo a qual 13 locais na Ucrânia foram atingidos pelos bombardeamentos e 19 pela queda de destroços de alvos abatidos.
O número exato de vítimas é ainda incerto, de acordo com a AFP.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que pelo menos três pessoas morreram e 49 ficaram feridas, depois de o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, ter anunciado quatro mortes nos ataques que atingiram vários bairros da capital.
"Quase toda a Ucrânia foi atingida: as regiões de Volynia, Lviv, Ternopil, Kyiv, Sumi, Poltava, Khmelnitsky, Cherkasy e Chernobyl", escreveu Zelensky nas redes sociais, juntamente com fotografias que identificou como sendo zonas residenciais afetadas pelos bombardeamentos.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelos dois lados não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e ocupa atualmente cerca de 20% do país vizinho.
A guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.
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