"Os regimes autoritários escolhem frequentemente o silêncio e o esquecimento; as sociedades democráticas, pelo contrário, escolhem preservar a verdade e não esquecer aqueles que se sacrificaram pelos direitos humanos e pelos seus sonhos", escreveu Lai, na sua conta oficial na rede social Facebook.
"Não só nos recusamos a esquecer a história, como também, com confiança e resiliência, continuaremos a praticar os nossos valores fundamentais todos os dias, para que as gerações futuras possam crescer e prosperar numa terra livre", acrescentou.
No 36.º aniversário do massacre de Tiananmen, a China impôs em Pequim o habitual controlo apertado para impedir qualquer menção ao aniversário e proibiu a tradicional vigília em memória do acontecimento em Hong Kong, fazendo de Taiwan o único território de língua chinesa a recordar a data com um evento no centro de Taipé.
Durante três décadas, Hong Kong e Macau foram os únicos locais em solo chinês onde o movimento de repressão foi lembrado de forma pacífica, com vigílias anuais que, no caso de Hong Kong, reuniam dezenas de milhares de cidadãos.
Desde 2020, as autoridades proibiram a vigília, invocando a necessidade de proteger a saúde pública no contexto da pandemia de covid-19. Uma decisão que marcou um ponto de viragem na história da celebração nestas duas regiões administrativas especiais.
O massacre de Tiananmen ocorreu na noite de 03 para 04 de junho de 1989, quando soldados e tanques do Exército chinês invadiram a praça central de Pequim, onde centenas de milhares de estudantes e trabalhadores se manifestavam há semanas, exigindo o fim da corrupção e uma maior abertura política.
O número de mortos na sequência da repressão militar desse dia não é exato e varia entre centenas e milhares, consoante a fonte.
Leia Também: Golegã. GNR apreende 90 nassas usadas para pesca ilegal em área protegida