Japão limita nomes de bebés para contrariar tendência 'kirakira'

O governo japonês afirmou que estas novas regras têm como intenção "acabar com a confusão que os nomes extravagantes causam em escolas, hospitais ou outros serviços públicos".

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Notícias ao Minuto
28/05/2025 11:27 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

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Japão

O Japão introduziu novas regras quanto à escolha de nomes para bebés, por forma a conter a tendência do aumento de nomes 'kirakira' - chamativos e extravagantes. 

 

Segundo o The Guardian, a alteração na Lei do Registo Familiar permitirá apenas a leitura fonética de caracteres kanji que são considerados "aceites", tendo como objetivo impedir que os pais utilizem nomes nomes incomuns como 'Pikachu'.

O governo japonês afirmou ainda que a nova legislação tenciona "acabar com a confusão que os nomes extravagantes causam em escolas, hospitais ou outros serviços públicos". 

A partir de agora, os pais terão de justificar a escolha de um nome que tenha uma pronúncia pouco convencional. Se não for aceite, terão de optar por um nome alternativo.

Alguns dos nomes que têm atraído atenção e têm sido usados são, por exemplo, Naiki (Nike), Pū (Winnie the Pooh), Kitty, Daiya (Diamante) e Ōjisama (Príncipe). 

Há ainda um outro exemplo, que remonta ao ano de 1995, onde os pais escolheram nome de Akuma, que significa Diabo, para o seu filho. Foi um caso que, na altura, mereceu destaque mediático e foi a tribunal, com os pais a acabarem por concordar em mudar o nome da criança.

Esta mudança da lei é também uma resposta do governo à crescente tendência dos nomes dados aos bebés inspirados em personagens de Anime, cultura pop e marcas ocidentais. Destacam-se nomes como Naruto, Elsa, Jewel ou até Purin - que significa pudim.

Noutro exemplo, a antiga atleta olímpica japonesa, Seiko Hashimoto, tem duas filhas chamadas Girishia e Torino (Grécia e Turim, em português), devido às cidades olímpicas onde nasceram.

Uma pesquisa feita por um professor assistente da Universidade da Ciência de Tóquio, Yuji Ogihara, revelou que o número de 'nomes únicos', no Japão, cresceu de forma acentuada nos últimos 40 anos, tendo concluído que esse crescimento "sugere um aumento na procura da singularidade e do individualismo". 

Leia Também: Japão com taxa de natalidade mais baixa de sempre em 2024

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