O acusado é Osama Krayem, de 32 anos, que já tinha sido acusado e condenado pelo envolvimento nos atentados de Paris em 2015 e de Bruxelas em 2016.
O piloto jordano Muaz Kasasbeh foi capturado em 24 de dezembro de 2014 pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, onde foi mantido até ser queimado vivo dias depois numa jaula, numa ação que foi filmada e utilizada com propaganda pelo grupo.
A acusação alega que Krayem, que aparece no vídeo, ajudou a colocar o piloto na jaula, que foi depois incendiada por outra pessoa.
"Esta é a primeira vez que uma pessoa é levada a julgamento por um dos homicídios mais brutais do EI. A gravidade do incidente reflete-se no facto de o arguido enfrentar dois dos crimes mais graves", disse a procuradora Reena Devgun, em comunicado.
De acordo com a acusação, Krayem sabia que os acontecimentos estavam a ser filmados para utilização posterior como propaganda e recebeu instruções sobre como posar durante a cena.
O envolvimento de Krayem no crime foi descoberto durante investigações contra o sueco em França e na Bélgica, mas nenhum destes países tinha jurisdição para o acusar, observou Devgun.
Em junho de 2022, foi condenado a 30 anos de prisão -- dois terços dos quais em regime de alta segurança -- em França, por cumplicidade nos atentados de Paris e Saint-Denis de 13 de novembro de 2015, que mataram 130 pessoas.
No ano seguinte, foi condenado a prisão perpétua na Bélgica pelo envolvimento nos atentados de 22 de março de 2016 no principal aeroporto e no metro de Bruxelas, que mataram 32 pessoas.
A 12 de março, a França aceitou entregar Osama Krayem à Suécia durante nove meses, período durante o qual será investigado e julgado, após o que será reenviado para França para cumprir a pena.
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