ONG lamenta o ataque a 50 redações e jornalistas na RDCongo desde 2024

Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lamentaram hoje o ataque a cerca de 50 redações e jornalistas no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) contabilizados pela organização desde o início de 2024.

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© Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images

Lusa
22/05/2025 14:31 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

RDCongo

Segundo um comunicado dos RSF, a organização teve de intensificar este ano a ajuda a este país, vizinho de Angola, devido à "deterioração da situação de segurança" pelo recrudescer da violência na região leste entre as forças estatais e os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23).

 

Assim, a Organização Não-Governamental (ONG) apoiou, desde o início do ano, "cerca de 40 profissionais ameaçados", que foram "obrigados a fugir devido ao seu trabalho", com um montante total de 47 mil euros, para a cobertura de despesas de deslocação e segurança, explicou.

Dos beneficiários, 32 jornalistas foram deslocados no interior do país, para zonas menos expostas, enquanto oito encontraram refúgio em países vizinhos, contextualizaram.

"A maioria destes jornalistas trabalhava para estações de rádio comunitárias, um pilar do acesso à informação para as populações locais, especialmente em tempos de conflito", explicaram.

Das 26 rádios comunitárias saqueadas ou forçadas a fechar no Kivu do Norte entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, cerca de dez foram diretamente atacadas por membros do M23, de acordo com informações recolhidas pelos RSF.

Desde janeiro de 2024, os RSF "registaram cerca de 50 ataques a redações e a jornalistas em Kivu do Norte, incluindo ameaças, agressões físicas, raptos e pilhagens de meios de comunicação social", lamentaram.

A chefe do gabinete de assistência dos RSF, Victoria Lavenue, citada no comunicado, apela às autoridades democrático-congolesas e ao M23 que "respeitem a proteção dos jornalistas no terreno e garantam um ambiente propício ao livre exercício da sua profissão".

A RDCongo desceu 10 lugares, para o 133.º lugar entre 180 países e territórios, no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025 dos RSF.

Desde 1980, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de manutenção de paz da ONU.

Leia Também: RDCongo: Denis Mukwege denuncia impunidade e violações "como arma de guerra"

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